O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha depõe nesta quarta-feira (14), na Polícia Federal (PF) de Curitiba.
A audiência começou às 11h, com a presença de um representante da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo o advogado de Cunha, Rodrigo Sánchez-Rios, o ex-deputado disse à PF que seu silêncio “nunca esteve à venda”. “Ele nunca foi procurado por ninguém para falar a respeito”, disse a defesa.
De acordo com Rios, Cunha negou “categoricamente” todas acusações de pagamento de propina feitas pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS.
Em depoimento à Procuradoria Geral da República (PGR), Joesley disse que pagava uma mesada a Cunha e ao operador Lucio Funaro em troca do silêncio dos dois.
Disse ainda que Temer sabia da mesada.
Em gravação anexada ao inquérito, Joesley diz ao presidente: “Eu tô bem com o Eduardo.” E Temer responde: “Tem que manter isso, viu.” » Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar silêncio de Cunha, diz jornal “O deputado ressaltou que nunca procuraram ele.
Nem o presidente Temer nem interlocutores do presidente.
Ele negou categoricamente.
Respondeu de forma geral”, disse o advogado.
Segundo Rios, a Polícia Federal em Brasília enviou 47 perguntas para serem feitas a Cunha.
Aproximadamente a metade delas diz respeito à ação que corre na 10a Vara Federal de Brasília com base na delação de executivos da Odebrecht que dizem ter pago R$ 17 milhões ao ex-presidente da Câmara em troca da liberação de verbas do Fundo de Investimento do FGTS. » Cunha pede ao STF acesso às investigações da JBS antes de depor à PF Cunha não respondeu a estas indagações alegando que prefere tratar delas no âmbito do próprio processo.
Segundo o advogado, os questionamentos foram extraídos das perguntas feitas pela própria defesa de Cunha a Temer. » Defesa de Cunha pede ao STF anulação de delação da JBS O ex-deputado, preso desde outubro de 2016, deve voltar ainda nesta quarta para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
Com informações do Estadão Conteúdo