Agência Brasil - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (13) negar pedido para libertar Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), presa no mês passado, em Belo Horizonte, por determinação do ministro Edson Fachin.
Andrea foi presa na operação da Polícia Federal deflagrada a partir das delações da JBS.
O colegiado julgou um recurso apresentado pela defesa de Andrea.
LEIA TAMBÉM » Prisão de Aécio Neves será votada na próxima terça-feira » Eunício diz que STF deve definir regras sobre afastamento de Aécio Neves » Humberto Costa diz que PSDB mantém apoio a Temer para salvar Aécio Por 3 votos a 2, a Turma seguiu o voto divergente do ministro Luís Roberto Barroso, que se manifestou pela manutenção da prisão.
Segundo o ministro, mesmo com a apresentação de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Andrea deve continuar presa porque outros fatos supostamente criminosos estão sendo apurados na investigação da JBS, que ainda está em andamento.
O entendimento foi acompanhado pelos ministros Rosa Weber e Luiz Fux.
A Turma é composta por cinco ministros.
O relator do pedido de liberdade, ministro Marco Aurélio, e Alexandre de Moraes foram vencidos.
De acordo com o relator, a prisão preventiva não pode ser mantida apenas pela suposição da PGR de que Andrea poderia interferir nas investigações.
Além disso, o ministro levou em conta que ela é ré primária e não possui antecedentes criminais. » Senado nega que tenha descumprido ordem de afastar Aécio Neves » “Senado não concorda com afastamento de Aécio”, diz peemedebista » Janot liga troca de Serraglio por Torquato a ‘pressões’ de Aécio Durante o julgamento, sem contestar o mérito das acusações, a defesa de Andrea pediu a substituição da prisão por medidas cautelares.
Segundo os advogados, Andrea já foi denunciada pela PGR, e, por isso, não há necessidade da manutenção da prisão para garantir o andamento das investigações, conforme sustenta a procuradoria.
Na investigação que foi aberta no STF, a irmã do senador é acusada de intermediar o pagamento de R$ 2 milhões pelo empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS.
Em depoimento de delação, o empresário também afirmou que Andrea teria solicitado R$ 40 milhões para a compra de um apartamento.