Na primeira sessão da Câmara do Recife após a absolvição da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por quatro votos a três, o assunto foi assunto de pronunciamentos de dois vereadores.
O tucano André Régis, que já havia subido à tribuna para pedir a cassação dos dois, e Ivan Moraes (PSOL) criticaram o resultado do julgamento.
Para o parlamentar do PSDB, a Constituição não foi respeitada. “Se todos os fatos elencados não são suficientes para a cassação, qual o papel do TSE?
Um órgão que custa dois bilhões de reais por ano?”, questionou. “O relatório de Herman Benjamin diz que a eleição dela foi viciada, conforme mostram as delações até aqui.
Ela nem deveria ter sido eleita ou tomado posse”, disse ainda, sem citar Michel Temer.
Hoje no governo do peemedebista, o PSDB foi autor das quatro ações que resultaram no julgamento.
O partido, derrotado pela chapa Dilma-Temer em 2014, fez acusações de abuso de poder político e econômico.
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Juízes indicados por Temer, outros pelo PT e até por Fernando Henrique.
Nesse imprensado de eleições patrocinadas por empresas privadas está a população.
O grupo JBS gastou R$ 366 milhões para eleger mais de 1,6 mil políticos”, disse. “Parecia que nenhum dos dois lados queria ganhar.
Torceram pela absolvição, porque hoje PSDB faz parte da base desse governo, e por outro lado não interessava ao PT.” O petista Jairo Brito afirmou que concorda que foi dado um tom político ao processo, mas defendeu que nenhuma liderança do PT foi contrária à cassação. “Nós queremos diretas já, até porque o candidato do partido, Lula, lidera as pesquisas de intenção de votos.
O PT defende a legitimidade das urnas.”