Estadão Conteúdo - O presidente Michel Temer disse não à Polícia Federal.
Em petição entregue nesta sexta-feira (9) ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o peemedebista ataca em 12 páginas as 82 perguntas que lhe foram dirigidas pela PF nos autos do inquérito da Operação Patmos, que o põe sob suspeita de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa no caso JBS.
A petição por Temer é subscrita pelo criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira, um veterano da advocacia com larga experiência nos tribunais superiores.
LEIA TAMBÉM » Com voto de Gilmar Mendes, TSE absolve chapa Dilma-Temer » Presidente pode não responder à PF, mas e a hashtag #84PerguntasParaTemer? » Mulher tenta entrar no Palácio dizendo que ama Temer e passa mal “O presidente e cidadão Michael Temer está sendo alvo de um rol de abusos e de agressões aos seus direitos individuais e à sua condição de mandatário da Nação que colocam em risco a prevalência do ordenamento jurídico e do próprio Estado Democrático de Direito.
O vulgo tem questionado: ‘Mas o que estão fazendo com o Presidente da República?'.
E os seus amigos indagam: ‘Por que o Michael está sendo tratado desta forma?’”, afirma a defesa de Temer. “Com efeito, primeiro ele foi coadjuvante de uma comédia bufa, encenada por um empresário e criminoso confesso e agora está sendo objeto de uma inquirição invasiva, arrogante, desprovida de respeito e do mínimo de civilidade.
O questionário é um acinte à sua dignidade pessoal e ao cargo que ocupa, além de atentar contra vários dispositivos legais, bem como contra direitos individuais, inseridos no texto constitucional.” » Alves recebeu propina da OAS via conta de Michel Temer, diz MP » Homem se amarra à placa do TSE e diz que só sai com Temer cassado » Temer muda versão sobre suposta viagem em jato de Joesley Batista Mariz afirma que “o interesse do presidente, declarado desde o início, é o de que haja uma investigação que coloque às claras a verdade dos fatos”. “É inadmissível que se faça uma avaliação desses fatos precipitada e maculada por paixões políticas ou ideológicas ou por partidarismos de quaisquer espécies, pois está em foco a dignidade e a honra do Chefe do Poder Executivo”, observa a defesa.