Alegando que estava votando por uma nação que “quer respeitar homens públicos e ser respeitada no resto do mundo”, o ministro Luiz Fux, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acompanhou o relator Herman Benjamin pela cassação da chapa Dilma-Temer. “Até as pedras sabem que o ambiente político está contaminado.
E agora é a hora do resgate”, afirmou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). “Hoje nós vivemos um verdadeiro pesadelo.
A sociedade vive um verdadeiro pesadelo pelo descrédito das instituições e pelo despudor dos agentes políticos, que, violando a soberania popular, a vontade intrínseca do povo, fizeram exatamente aquilo que o cidadão não desejava”, disse Fux.
O ministro afirmou que o País tem “corrupção endêmica e imoralidade amazônica”. “Esses eleitores descobriram que elegeram por vias informais e ilícitas não atribuem a menor credibilidade aos seus representantes.
Isso é tao verdade que tudo que o parlamento não quer resolver empurra para o Supremo Tribunal Federal.
Como eles não têm mais credibilidade, empurram para o Supremo, que é instado a resolver questões que seriam mais do Legislativo”, disse ainda o ministro, que defende que o Judiciário está fazendo a reforma política.
O ministro defendeu o uso dos depoimentos de delatores da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, argumentando que o processo tem que levar em consideração novos fatos que possam interferir no seu resultado. “A decisão justa e efetiva é aquela que é proferida com a realidade.
Direito e realidade não podem ser apartados justamente na decisão final”, afirmou.
Fux ainda saiu em defesa de Herman Benjamin e disse que a ação fala em financiamento de campanha por empreiteiras. “Como é que o ministro poderia enfrentar essa causa sem se referir às empreiteiras?”, questionou. “Eu não ousaria desafiá-lo em nenhum tópico”, disse ainda ao afirmar que o relator conhece o processo melhor do que ninguém.
Veja o passo a passo do julgamento da chapa Dilma-Temer