Depois de Napoleão Nunes, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga foi o segundo a votar contra a cassação da chapa Dilma-Temer nesta sexta-feira (9).
O ministro não considerou os depoimentos de ex-executivos da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura.
Apesar de ter citado delatores da Operação Lava Jato como o doleiro Alberto Youssef e de ter afirmado que houve propina na Petrobras, enfatizou que “não há prova robusta, segura, inconteste” de que esses recursos da estatal compuseram doações de contratadas da empresa à campanha de 2014.
LEIA TAMBÉM » Napoleão Nunes vota contra cassação de Dilma-Temer criticando PSDB e uso do Petrolão como prova » Relator no julgamento do TSE vota pela cassação da chapa Dilma-Temer O voto de Admar Gonzaga analisou cada um dos pontos levantados por Benjamin no seu relatório.
Em relação à acusação de que houve desvio de recursos às gráficas que prestaram serviços na campanha de 2014, o ministro afirmou que não se pode concluir que houve abuso de poder político e econômico.
Antes de anunciar o voto, o ministro afirmou que, no fim do processo, o PSDB “passou a não ter tanto interesse na cassação da chapa completa”, fazendo com que a investigação dependesse do relator Herman Benjamin.
Os tucanos hoje fazem parte do governo Michel Temer (PMDB) e têm três ministérios na gestão - Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades).
Veja o passo a passo do julgamento da chapa Dilma-Temer