O jurista Joaquim Barbosa acompanha, na primeira fila de cadeiras reservadas ao público, no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o julgamento da ação contra a chapa Dilma Rousseff - Michel Temer, na manhã desta quinta-feira (8).
Segundo o UOL, Barbosa classificou o resultado do julgamento como “imprevisível”.
A declaração teria sido dada a jornalistas na própria Corte Eleitoral, em Brasília.
Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, onde relatou o caso do “mensalão”, ele admitiu nessa quarta-feira (7) que pode se candidatar em 2018 à Presidência da República.
A presença de Barbosa no TSE chamou a atenção dos ministros da Casa e o nome dele acabou citado nas divergências.
O ministro relator Herman Benjamin disse, ao defender o uso de novas provas contra a chapa que Barbosa é um “grande magistrado” e “exemplo” para os tribunais.
O ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que diverge de Herman, afirmou que “Joaquim foi um disciplinado na sua atuação como magistrado”.
O jurista defende a realização de eleições diretas caso haja vacância na Presidência da República e disse que um pleito deveria ter sido realizado já após o impeachment de Dilma Rousseff, em agosto do ano passado. “Deveria ter sido tomada essa decisão há mais de um ano atrás, mas os interesses partidários e o jogo econômico é muito forte e não permite que essa decisão seja tomada.
Ou seja, quem tomou o poder não quer largar.
Os interesses maiores do país são deixados em segundo plano”, disse.