Nomes de cinco partidos de oposição, além de alguns deputados do PSB - que tem ministério no governo Michel Temer (PMDB) -, lançaram nesta quarta-feira (7) a Frente Parlamentar Mista por Eleições Diretas.
O objetivo do grupo é de pressionar o Congresso Nacional para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê eleição direta para presidente e vice-presidente da República se esses cargos ficarem vagos.
Os partidos que integram a frente são: PCdoB, PDT, PSB, PSOL e PT.
A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado há uma semana.
Na Câmara, está também na CCJ, que deve analisá-la na próxima terça-feira (13).
Hoje, sem a aprovação da PEC, a eleição direta está prevista apenas se a presidência ficar vaga nos dois primeiros anos do mandato - nos dois últimos, a escolha é por eleição indireta.
LEIA TAMBÉM » CCJ da Câmara marca discussão da PEC das Diretas para dia 13 » Comissão do Senado aprova eleições diretas em caso de vacância da Presidência » Gleisi Hoffmann diz que PT não vai participar de possível eleição indireta O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), afirmou que a alta rejeição a Temer leva a essa pauta - entre os pernambucanos, chega a 91%, segundo pesquisa da Uninassau. “Estamos vivendo um momento em que este País volta às ruas pelo mesmo motivo de 33 anos atrás, quando o povo se levantou em favor do voto livre, por eleições diretas para presidente da República, para dizer que não aceitava mais um governo que não o representava em rigorosamente nada, que repudiava vigorosamente a diminuição da democracia”, disse o petista. “Mas é um governo que, cambaleante, caminha ainda que trôpego, levando o País junto com ele para um abismo.
E o faz com a inestimável ajuda de aliados, como o PSDB, o DEM e o PPS.” » Bloco de Carnaval volta às ruas de Olinda para pedir eleições diretas » Eunício desconversa sobre eleição indireta e diz que Presidência não está vaga » Oposição discute ‘anticandidatura’ em eventual eleição indireta Do PSB, o deputado federal Tadeu Alencar (PE), também esteve no ato de lançamento da frente parlamentar. “Ao contrário do que muitos dizem, as eleições diretas ao invés de violar a Constituição Federal, a prestigia, tornando vivo o seu princípio de que ’todo o poder emana do povo’”, afirmou sobre a proposta.
A presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos (PE), afirmou que a frente vai tentar se unir inclusive a políticos de partidos que não estão entre os cinco.
Para ela, o grupo pode fazer com que a Câmara acelere a votação. “Por incrível que pareça, o Senado tem sido mais progressista”, avaliou.
A deputada pernambucana, porém, considera melhor a proposta que está na Câmara, de Miro Teixeira (Rede-RJ).