O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (PSB), participou de audiência pública, nessa terça-feira (6), na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado, que discutiu alternativas para ampliar o fornecimento de energia na região amazônica.

A solução para levar energia à Amazônia, segundo o ministro pernambucano, seria privatizar setores da Petrobras e da Eletrobras. “Como está é muito precário o fornecimento de energia para a população.

Estamos tocando um plano de privatização sim, estamos fazendo alguns desinvestimentos na Eletrobras sim.

Não se trata de privatizar unicamente por privatizar, mas de melhorar nossos processos e melhorar também o fornecimento dos serviços”, ressaltou.

Já o presidente da CI, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), discorda das privatizações neste momento.

Para Braga, que já foi ministro de Minas e Energia, é preciso antes resolver problemas de infraestrutura e dos contratos já firmados. “Privatizar essas empresas significa praticamente negar aos brasileiros que vivem nas regiões isoladas, no interior da Amazônia, ter acesso ao século 20 e século 19”, disse.

As duas empresas estão se enfrentando na Justiça, devido a dívidas bilionárias da Eletrobras com a Petrobras no fornecimento de combustíveis para térmicas no Amazonas.

Ambas as estatais, têm planos de desinvestimentos bilionários em curso.

A Petrobras planeja levantar 21 bilhões de dólares até o fim de 2018.

Atualmente, a empresa está aprovando a venda de ativos internamente, mas já publicou anteriormente a intenção de vender parcela de sua subsidiária de combustíveis BR Distribuidora, assim como de ativos de refino, processamento do gás natural, transporte e comercialização de derivados, dentre outros.

Já a Eletrobras pretende levantar cerca de 5 bilhões de reais com a venda de fatias minoritárias em projetos de geração e transmissão de eletricidade, principalmente.

SETOR ENERGÉTICO Durante a audiência, Fernando Filho também disse que projetos vão aumentar capacidade energética do Brasil; confira na reportagem da Agência Senado: