Estadão Conteúdo - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), decidiu marcar para a próxima terça-feira (13), a apreciação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Eleição Direta.

Contrariando a base governista, Pacheco alegou que a comissão está há duas semanas paralisadas. “Não posso travar a CCJ eternamente por uma conveniência que para mim não se justifica”, declarou Pacheco.

O peemedebista ressaltou que na próxima semana “o governo terá de enfrentar essa realidade” e lembrou que a CCJ do Senado já conseguiu aprovar uma proposta de conteúdo semelhante.

A oposição concordou com a data agendada e retirou os requerimentos que obstruíam os trabalhos.

A base aliada, no entanto, manteve os requerimentos para continuar obstruindo os trabalhos.

O grupo teme não ter votos suficientes para barrar a PEC na comissão.

O vice-líder do governo, Darcísio Perondi (PMDB-RS), alegou que o tema não é de interesse do governo e que votar a PEC na CCJ é “botar mais querosene” na situação. “Não quero eleição direta para votar no Lula. É um golpe na Constituição”, discursou.

O deputado Fausto Pinato (PP-SP), que assina com Perondi um requerimento pedindo ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, explicações sobre sua relação com Ricardo Saud, da J&F, pregou cautela. “O momento é de serenidade.

Não podemos criar um fato político neste momento”, afirmou.

Até o momento, o pedido de explicações a Fachin não foi incluído na pauta desta tarde.