Por Giovanni Sandes, na Pinga-Fogo As obras paradas de quatro novas barragens na Mata Sul, prometidas desde a trágica enchente de 2010 em Pernambuco, continuaram aparecendo como em execução, nos relatórios do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da então presidente Dilma Rousseff (PT), mesmo depois de paralisadas.
Depois que uma forte cheia afetou a Mata Sul, em 2010, o então governador Eduardo Campos (PSB) e a então presidente Dilma prometeram cinco barragens para a região.
Só uma saiu do papel.
Mesmo assim, nos relatórios de acompanhamento do PAC de Dilma e mesmo já no governo Michel Temer (PMDB) essas construções paradas seguiram constando como “em obras”.
Neste sábado (28) e domingo (29) uma nova cheia desalojou mais de 30 mil pessoas na região.
O último relatório do governo Dilma foi publicado em 14 abril de 2016, pouco menos de um mês antes do impeachment.
Nele, as quatro barragens apareciam como “em obras” mesmo já tendo parado entre 2011 e 2015.
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Só neste domingo (28), depois que o cenário de enchentes voltou a se repetir na Mata Sul de Pernambuco, o governo Temer admitiu que as obras pararam e prometeu recursos via empréstimo, não mais Orçamento Geral da União (OGU), para o governador Paulo Câmara (PSB) finalizar as barragens.
Em 2010 os municípios da Mata Sul de Pernambuco foram fortemente atingidos por uma enchente acompanhada de uma tromba d’água – uma cheia abrupta e com alta capacidade destrutiva.
Após o cenário de destruição, o então governador Eduardo Campos (PSB) e a então presidente Dilma prometeram cinco barragens na Bacia do Rio Una para evitar a repetição da tragédia.
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