Após o governador Paulo Câmara (PSB) sugerir a criação de uma modalidade emergencial do Cartão Reforma, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, afirmou em entrevista à Rádio Jornal que esse uso do benefício já está previsto na legislação.

De acordo com o ministro tucano, ele será usado prioritariamente nas cidades pernambucanas e alagoanas atingidas pelas chuvas e devem começar esta semana as tratativas com as prefeituras, responsáveis pela seleção dos beneficiários e a execução do programa.

Bruno Araújo disse ter procurado o ministro do Planejamendo, Dyogo Oliveira, para pedir mais recursos para Pernambuco.

Para o Estado, segundo o tucano, estão previstos R$ 70 milhões este ano para o projeto como um todo.

LEIA TAMBÉM » Governo sugere ‘Cartão Reforma Emergencial’ para ajudar vítimas da enchente » Temer sinaliza liberação de empréstimo de R$ 600 milhões do BNDES para obras Têm direito ao Cartão Reforma as famílias com renda de até três salários mínimos, o que equivale a R$ 2,8 mil.

O benefício é de uma média de R$ 5 mil para reparos em casa, mas pode chegar até o teto de R$ 9 mil. “É para a recuperação de reboco, piso, estrutura do telhado, portas danificadas.

Nesse momento de gravidade é uma importante ajuda”, afirmou Bruno Araújo à Rádio Jornal.

O programa começa a ser executado no dia 19 de junho.

Nesta segunda-feira (29), o representante da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Álvaro Lourenço, viaja a Alagoas, estado também atingido pelas chuvas.

A previsão de Bruno Araújo é de que o auxiliar chegue a Pernambuco na terça-feira (30).

As conversas serão com os municípios. “O prefeito vivencia de forma mais prática e mais rápida a vida real daqueles que sofreram danos nas suas residências”, justifica o ministro.

No Estado há 14 municípios em estado de calamidade.

Há 30 mil desalojados por causa da chuva.

Nesse domingo (28), o presidente Michel Temer (PMDB) fez uma visita de emergência ao Estado e se reuniu com Paulo Câmara, que apresentou o panorama dos estragos e pediu ações humanitárias, repasses de R$ 383 milhões para a conclusão de obras em barragens da Mata Sul e celeridade na liberação do empréstimo de R$ 600 milhões com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Temer sinalizou que vai abrir a linha de crédito e parte do dinheiro deverá ser usada na construção das barragens, previstas desde as enchentes de 2010.