Estadão Conteúdo - A empresa de fachada usada pela JBS para camuflar recursos na Suíça também aparece nas investigações sobre a transferência de dinheiro ao ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

No ano passado, áudios divulgados de conversas do ex-executivo levaram à queda de Romero Jucá, na época, ministro do Planejamento do governo Michel Temer.

A empresa fundada no Panamá, Lunsville International, era controlada pela JBS e, conforme revelou o Estado, mantinha suas contas no banco Julius Baer como forma de distribuir pagamentos de propinas.

LEIA TAMBÉM » STF admite que pode rever termos da delação da JBS » Congresso aguarda checagem de assinaturas para instalação de CPI da JBS » Janot volta a defender acordo com delatores da JBS Com base em Zurique, a empresa de fachada usava três contas – em euro, dólar e franco suíço – para fazer as movimentações.

Procurado pelo Estado, o nome oferecido pela JBS como o gerente da conta na Suíça, o brasileiro Fernando Marques, não se pronunciou.

Entre os documentos apresentados ao Ministério Público, estava um cartão de visitas do gerente de contas.

ASSISTA » Resenha Política analisa delações da JBS, protestos e reformas do governo Temer No caso de Machado, o nome da empresa de fachada também aparece em sua delação premiada. É seu filho, Expedito Machado da Ponte Neto, que explica aos procuradores como seu pai recebia o dinheiro da propina no exterior.

Uma das empresas que fazia o depósito era a Lunsville International. » Maioria defende saída de Temer após caso JBS, diz estudo da ESPM » Aécio Neves envia 27 perguntas à PF sobre os áudios da JBS » JBS diz que deu R$ 15 milhões em propina para campanhas de Eduardo e Paulo Câmara e ainda cita Geraldo e FBC Segundo Expedito Machado, existia uma planilha que ele usava para “prestar contas” a seu pai.

Nela, aparecia o nome Lunsville International.

Essas transferências teriam ocorrido em 2007 e 2008.

O que se busca saber agora é o motivo pelo qual o mesmo nome de empresa aparece tanto no caso da Transpetro como no caso da JBS.

Machado fechou um acordo de delação premiada e indicou que repassou propina a mais de 20 políticos de seis partidos.