Após o anúncio feito pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, de que as Forças Armadas foram convocadas para conter os protestos em Brasília, parlamentes de oposição voltaram a criticar o presidente Michel Temer (PMDB).
Os senadores fizeram no plenário uma questão de ordem pedindo posicionamento do Congresso Nacional diante do decreto assinado pelo peemedebista para uma ação de garantia de lei e da ordem.
O líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE) considerou a situação “gravíssima”.
LEIA TAMBÉM » Deputados da oposição e da base brigam no plenário da Câmara » Temer convoca tropas federais para conter protestos em Brasília Ele esteve no protesto mais cedo e já havia responsabilizado Temer pela confusão entre policiais militares e manifestantes depois que mascarados tentaram ultrapassar uma barreira próximo ao Congresso Nacional e depredaram e atearam fogo em prédios dos ministérios da Fazenda e da Agricultura.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil protesto brasilia 20 - “Temer está entregando o controle do País às Forças Armadas.
O governo do Distrito Federal diz que só houve 35 mil pessoas na manifestação.
Ou seja, pelos dados oficiais, um número relativamente baixo.
O que justifica uma estado de exceção na Capital Federal por uma semana?
Qual o risco?
Que temor existe?
Só um: o de cair, o de ser derrubado pela pressão popular”, disse Humberto Costa no Twitter.
O senador acrescentou: “Em vez de convocar a Força Nacional, se achasse que precisaria de reforço, chamou as Forças Armadas.
Em vez do ministro da Justiça, o ministro da Defesa. É um momento gravíssimo da vida nacional.
E o presidente do Senado segue sentado na cadeira, alheio a tudo, conduzindo uma sessão, como se nada tivesse acontecido.
Um escárnio!”. » Humberto Costa diz que Temer “manda bater e espancar para reprimir manifestantes” » Protesto em Brasília tem incêndios em ministérios e Esplanada é evacuada Em pronunciamento no Senado, a líder do PT na Casa, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que a assinatura do decreto é “ruim para o País” e “grave”.
A petista lembrou que foi ministra da Casa Civil (governo Dilma Rousseff) e que a Força Nacional deveria ter sido chamada. “Não se convocou a Força Nacional”, criticou. “Forças Armadas não são para fazer confronto com o povo nem para fazer a segurança”, disse.
Lindbergh Farias (PT-RJ) também se posicionou contra a medida. “Eu vejo nessa atitude como a última cartada de um presidente desmoralizado”, afirmou, pedindo que Temer deixe o governo.
No protesto, os manifestantes pedem a saída do peemedebista do governo e são contrários às reformas da Previdência e trabalhista.
O líder do PT, Carlos Zarattini (SP), ainda afirmou no plenário: “Não me lembro de ter visto isso nem na ditadura militar.
Não é um ato normal.
Já tínhamos visto o acionamento da Garantia da Lei e da Ordem em presídios nas favelas do Rio de Janeiro, mas não tínhamos visto para reprimir os movimentos sociais”.
Deputados também questionaram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por ter solicitado o reforço na segurança e brigaram no plenário da Casa.
Maia enfatizou que pediu a Temer o apoio da Força Nacional.