O programa americano Sixty Minutes, da rede CBS, falou com Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e com a ex-presidente Dilma sobre a Lava Jato e à crise política que ela desencadeou no Brasil. “Imagine que a investigação de Watergate tivesse levado não só à queda do presidente Nixon, mas também a acusações contra seu sucessor, além do presidente da Câmara, do líder no Senado, um terço dos ministros e mais de 90 membros do Congresso.

Isso dá uma ideia do que está acontecendo no Brasil neste exato instante”, diz o texto.

Deltan responde à comparação com Watergate.

Diz que a Lava Jato é muito maior e começa a desfilar números de propinas, de presos e de acusações para embasar sua tese.

O procurador também conta a origem da operação, desde o início no “lava jato” original até chegar em Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco.

Cooper veio a Curitiba e falou com os procuradores da força tarefa, apresentados como “jovens idealistas”.

A Sérgio Moro coube um epíteto mais delicado “crusading judge” – algo como “um juiz que está em uma Cruzada”.

Al Capone Sérgio Moro, na sua entrevista, diz que o “ponto em que não havia mais retorno” foi quando Paulo Roberto Costa fez a sua delação.

E compara esse momento ao filme “Intocáveis”, sobre Elliot Ness em sua campanha para prender Al Capone.

No filme, o personagem de Sean Connery avisa a Elliot Ness, interpretado por Kevin Costner, que se ele derrubar uma porta estará entrando “em um mundo de problemas” e que não haverá como voltar atrás.

Ele diz que sabe disso e vai em frente.

No trecho em que Dilma aparece, filmado pouco depois do impeachment, ela nega ter recebido qualquer vantagem e cometido qualquer irregularidade.

Mas o programa afirma que a queda dela se deveu em grande parte à Lava Jato.

Quem quiser ver a transcrição do programa em inglês pode clicar aqui.

E para assistir ao programa, clique aqui.