O vereador Rinaldo Junior (PRB) subiu a tribuna da Câmara Municipal do Recife (CMR), na tarde desta terça-feira (23), para informar que protocolou requerimento solicitando a presença do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), na sessão legislativa do dia 31 de maio, na Casa José Mariano. “O pedido tem por objetivo dar a oportunidade ao gestor de prestar esclarecimentos sobre sua citação no depoimento do diretor da holding J&F, empresa controladora do frigorífico JBS, Ricardo Saud, durante delação no dia 5 de maio, na sede da Procuradoria Geral da República, em Brasília, sobre pagamento de R$ 15 milhões em propina”, declara o parlamentar, que diz achar importante o esclarecimento. “Essa Casa, sem dúvida, é a maior tribuna para dar esses esclarecimentos. É o local para que o prefeito fale diretamente com os vereadores, representantes do povo, e com toda a população do Recife.

A cidade do Recife, é umas das maiores do país, jamais poderia ter o nome do chefe do Executivo citado numa delação como essa”, arremata.

Aline Mariano: “Prefeito não foi citado e não é alvo de inquérito” Em resposta a Rinaldo Júnior, a vereadora Aline Mariano (PMDB), líder do governo na Casa, se prontificou a dar esclarecimentos aos parlamentares. “Esse requerimento não tem o menor sentido.

O prefeito Geraldo Julio não era candidato a governador e o caso se deu na eleição de 2014.

Não é verdade que o prefeito foi citado, não há sequer investigação ou inquérito.

O prefeito não tem se intimidado a falar do assunto e tem respondido tudo o que tem sido questionado à altura.

Tem mostrado que tudo o que foi feito foi legal.

O que foi doado ao PSB nacional não chegou a Pernambuco”, argumentou.

Segundo Aline Mariano, o delator Ricardo Saud, que mencionou o nome do prefeito, se engana ao caracterizar uma doação de campanha a um partido como propina. “Esse processo foi legal.

Consideramos uma grande irresponsabilidade quando o delator fala em propina, o que não aconteceu.

Propina é quando existe a promessa de algo.

E está explícito que não houve nenhuma negociação.”