Em reserva, socialistas contam que a crise do governo Temer, no plano federal, pode acabar obrigando o governador Paulo Câmara, do PSB, a realizar uma reforma administrativa algo urgente.

O objetivo seria colocar para dentro do governo, na Frente Popular, o PSDB e o Democratas, que haviam se desgarrado nas eleições municipais, depois de lançarem candidato próprio contra Geraldo Julio, do PSB, nas eleições do Recife.

No mesmo movimento, haveria uma redução do espaço do PMDB no Estado, na esteira dos problemas de Temer.

O partido, com apenas um deputado federal, Jarbas Vasconcelos, amealhou quatro secretarias de Estado com Paulo Câmara, tornando-se o principal fiador da gestão socialista.

A conquista do espaço privilegiado causou grande ciumeira em socialistas históricos, deixados em segundo plano. “Paulo Câmara precisa sacudir o governo agora, rever a relação de forças.

Onde cortar?

No PMDB, claro, que tem quatro secretarias, enquanto Democratas e PSDB não tem nada”, diz um socialista, sob a condição de anonimato.

Na semana passada, até Raul Henry defendeu a renúncia de Temer.

Na sexta-feira da semana passada, de manhã, no programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, respondendo a uma pergunta do Blog de Jamildo, de como a crise do governo Temer poderia influir nas eleições de 2018 em Pernambuco, por mudar a corelação de forças, disse com todas as letras que a Frente Popular estava de braços abertos para os antigos aliados, citando DEM e PSDB.