O advogado do presidente Michel Temer (PMDB), Antônio Mariz de Oliveira, esteve presente no evento de apoio aos advogados do ex-presidente Lula (PT), em São Paulo, nesse domingo (21).

Durante a ocasião, ele afirmou que o Sérgio Moro, responsável pelo Operação Lava Jato, é um juiz parcial e sem condições de julgar.

Mariz disse no evento que a postura de Moro é “incompatível com a magistratura”.

Questiono suas condições para o nobre mister de julgar", disse. “Porque falta-lhe algo que não é condição intelectual, mas imparcialidade.

Estou com muito medo do avanço do autoritarismo do judiciário”, completou o advogado do presidente peemedebista.

De acordo com o jornal Folha de S.

Paulo, Mariz iniciou o discurso sem citar o nome de Sérgio Moro, apenas falava sobre uma conversa com “um juiz da Lava Jato”, em que ele relatou ter ouvido do magistrado que “juiz atrapalha”. “Nunca vi a advocacia ser tão desrespeitada”, disse Mariz.

Antônio Mariz aprontou para um advogado na plateia e disse que o juiz era seu homônimo.

A partir dali se referiu ao juiz da Polícia Federal como “homônimo”.

No final, ele admitiu que falava de Moro.

Segundo Mariz, o diálogo teria se dado enquanto Mariz conversava com o juiz paranaense sobre a legalidade da investigação em alvos do departamento jurídico de um empresa.

Ainda de acordo com a Folha, Mariz criticou a investigação sobre o presidente Michel Temer conduzida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). “O açodamento do relator (do processo no STF, ministro Edson Fachin) para apurar acusações baseadas em gravação por hora contestada e com prova capenga é inexplicável”, contou.

E completou falando sobre as consequências políticas. “Não se teve nenhum cuidado nem atenção com estabilidade do país, que está se recuperando na área econômica e social”, acrescentou.

Ele também criticou o tratamento dado aos dos da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista, que não cumprirão pena. “Os delatores da JBS ganharam salvo conduto para sair do País sem pagar pelos crimes”, pontou.

Segundo Mariz, o presidente Temer está tranquilo em relação às acusações e “aguarda com serenidade” o andamento do inquérito. “O presidente é um homem que reponderá o inquérito com convicção de quem não praticou nenhum ilícito penal”, finalizou.