Estadão Conteúdo - A Diretoria-Geral do Senado Federal exonerou Mendherson Souza Lima do cargo de confiança de secretário parlamentar do gabinete do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

A exoneração foi assinada na quinta-feira, 18, e está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (19).

Mendherson, que também é cunhado de Perrella, foi preso na quinta pela Polícia Federal na Operação Patmos, deflagrada depois da delação de Joesley Batista, um dos donos do Grupo JBS.

De acordo com o delator, o agora ex-secretário parlamentar recebeu dinheiro da JBS em nome do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), também alvo da Patmos.

O dinheiro pagaria a defesa de Aécio na Lava Jato.

Segundo a PF, foram apreendidos R$ 400 mil em dinheiro na casa de Mendherson.

A Operação Patmos foi deflagrada na quinta-feira, com dois alvos principais: o presidente Michel Temer (PMDB) e Aécio.

A operação foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República.

A Patmos fez buscas em endereços de Aécio e prendeu, além de Mendherson, a irmã de Aécio, Andrea Neves, e um primo do tucano.

Além disso, um inquérito foi aberto contra o presidente Temer.

Tudo em decorrência da delação de Joesley Batista.

Entre outras provas, o empresário gravou Temer supostamente dando aval ao pagamento de propinas ao preso e condenado Eduardo Cunha, em troca do silêncio do ex-presidente da Câmara.

Batista também denunciou que Aécio teria pedido à JBS R$ 2 milhões.