O presidente da República, Michel Temer (PMDB), acabou de anunciar, na tarde desta quinta-feira (18), que vai permanecer no cargo.
O anúncio de Temer vem logo após o dono da JBS, Joesley Batista, afirmar à PGR (Procuradoria-Geral da República) que o presidente deu aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) e do operador Lúcio Funaro, ambos presos na Operação Lava Jato.
A informação foi divulgada pelo jornal “O Globo” nessa quarta-feira (17).
A renúncia de Temer era esperada desde a manhã desta quinta, pois o ministro Edson Fachin decidiu abrir inquérito, nesta quinta, para investigar Temer.
A previsão é de que o sigilo das delações seja retirado ainda hoje.
Na sexta-feira (12) o peemedebista completou um ano de Governo.
Em seu pronunciamento, Temer falou sobre a crise política instaurada no País após a denúncia. “A relação de conversa gravada clandestinamente trouxe de volta o fantasma de crise política de proporção imensurada. todo o início, o esforço de retirar o País de sua maior rescisão pode se retornar inútil.
Não podemos jogar no lixo tanto trabalho”, disse o peemedebista. “Repito e ressalto: nenhum momento autorizei que pagassem a quem quer que seja para ficar calado.
Não comprei o silêncio de ninguém”, destacou.
Antes de finalizar o pronunciamento, o presidente Michel Temer disse: “não renunciarei.
Não renunciarei”, complementou. “Sempre quis esta situação.
Tanto esforço e dificuldade esperada.
E meu compromisso é com o brasil”, finalizou.
Denúncia De acordo com a publicação, as informações fazem parte de uma delação de Joesley.
O depoimento do empresário foi dado à PGR em abril e, no dia 10 passado, o conteúdo foi comunicado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.
Ainda de acordo com o jornal, a conversa entre Joesley e Temer teria acontecido no dia 7 de março no Palácio do Jaburu.
O empresário teria gravado a conversa com um gravador escondido.
Joesley disse ter contado a Temer que estava pagando a Cunha e Funaro para ficarem calados.
O presidente, segundo o empresário, responde: “Tem que manter isso, viu?”