O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE), comunicou, em nota oficial, nesta quinta-feira (18), que vai permanecer no cargo, mesmo após as gravações da JBD que abalaram a gestão do presidente Michel Temer.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal “O Globo” nesta quarta-feira (17), Joesley Batista, um dos donos da JBS, encontrou Temer no dia 7 de março no Palácio do Planalto.
O empresário teria registrado a conversa com um gravador escondido.
Batista disse ter contado a Temer que estava pagando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao lobista Lúcio Funaro para ficarem calados.
O presidente, segundo o empresário, responde: “Tem que manter isso, viu?”.
Em nota publicada ontem, Temer confirmou o encontro, mas disse que “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha” e negou ter participado ou autorizado “qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar”.
Veja na íntegra a nota: Face às notícias divulgadas pela imprensa, o Ministro de Estado da Defesa, Raul Jungmann, comunica que permanece no cargo, no pleno exercício da direção superior das Forças Armadas, em cumprimento das funções para as quais foi nomeado pelo Senhor Presidente da República.
Assessoria de Comunicação Social Ministério da Defesa Deputado federal e consultor de empresas, natural do Recife, Jungmann foi ministro de Fernando Henrique Cardoso.
Durante o governo FHC, foi o principal responsável por questões fundiárias no país, chefiando o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) entre 1996 e 2002.
Foi filiado ao MDB entre 1972 e 1994.
Ajudou a fundar o PPS, permanecendo no partido até 2001, quando o deixou para integrar o PMDB.
Dois anos depois, em 2003, voltou para o PPS, permanecendo filiado à sigla até hoje.