Estadão Conteúdo - Com uma bancada de 13 deputados, o PTN foi o primeiro partido da base aliada a anunciar oficialmente nesta quinta-feira, 18, o rompimento com o governo Michel Temer.
Em carta assinada pela presidente nacional do partido, deputada Renata Abreu (SP), e pelo líder da legenda na Câmara, deputado Alexandre Baldy (GO), a sigla afirma que assumirá posição de “independência” em relação ao governo. » Oito deputados do PSDB protocolam o pedido de impeachment de Temer » Ministro Bruno Araújo está com carta de demissão pronta “O Podemos (novo nome do PTN) e sua bancada na Câmara dos Deputados anunciam a sua saída do bloco parlamentar composto pelo PP e PT do B, outros partidos da base aliada, assumindo posição de independência do governo federal”, afirmaram Renata e Baldy na carta. À reportagem, a presidente do PTN afirmou que o partido deverá entregar todos os cargos que possui atualmente no governo Temer.
O principal cargo comandado pelo PTN no governo é a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
O partido ganhou o comando do órgão durante a votação da reforma trabalhista na Câmara em abril.
Deputados da sigla ameaçaram votar contra a proposta, se não conseguissem o comando da fundação.
O presidente Michel Temer, então, cedeu à pressão e deu o comando do órgão ao PTN. » STF autoriza inquérito contra Michel Temer Renata Abreu afirmou que o partido aguardará a divulgação dos áudios contra Temer que teriam sido gravados pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, para decidir que posição adotará: se defenderá a renúncia ou a cassação do presidente.
Como revelou ontem o jornal O Globo, em um dos áudios, Temer daria aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).