Após pedido do presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, para que os ministros tucanos permaneçam nos cargos, enquanto o partido aguarda a divulgação do conteúdo das gravações dos executivos da JBS, que abalaram o Governo Temer, o ministro das Cidades, o pernambucano Bruno Araújo decidiu permanecer. » “Não renunciarei”, diz Michel Temer no Planalto Em nota oficial, Bruno reforçou o posicionamento do presidente de que vai aguardar o conteúdo das gravações.

Confira a nota oficial de Bruno Araújo: O ministro Bruno Araújo permanece no governo federal a pedido do seu partido, o PSDB.

O partido aguarda a divulgação do conteúdo das gravações dos executivos da JBS.

PRESSÃO NO PLANALTO Pronunciamento do Presidente da República, Michel Temer, à imprensa.

Foto: Beto Barata / PR De acordo com informações divulgadas pelo jornal “O Globo” nesta quarta-feira (17), Joesley Batista, um dos donos da JBS, encontrou Temer no dia 7 de março no Palácio do Planalto.

O empresário teria registrado a conversa com um gravador escondido.

Batista disse ter contado a Temer que estava pagando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao lobista Lúcio Funaro para ficarem calados.

O presidente, segundo o empresário, responde: “Tem que manter isso, viu?”. » Em meio à crise, ministro Raul Jungmann decide permanecer no Governo Temer » Mendonça Filho e Fernando Coelho evitam falar sobre denúncia contra Temer Em nota publicada ontem, Temer confirmou o encontro, mas disse que “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha” e negou ter participado ou autorizado “qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar”.

Hoje, Temer afirmou que não irá renunciar ao cargo e exigiu uma investigação rápida na denúncia em que é citado, para que seja esclarecida. “Não renunciarei.

Repito não renunciarei”, afirmou em pronunciamento, no Palácio do Planalto. “Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos, e exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro.

Essa situação de dúvida não pode persistir por muito tempo”, disse Temer, em pronunciamento.

VEJA O PRONUNCIAMENTO DE TEMER No caso do Aécio, ele foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Batista.

O empresário entregou um áudio à Procuradoria-Geral da República em que o tucano pede a quantia, sob o pretexto de pagar as despesas com sua defesa na Operação Lava Jato.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado Hoje, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin proibiu Aécio de exercer as funções de senador.

A Procuradoria-Geral da República também pediu a prisão do tucano, mas Fachin, responsável pela Lava Jato na Corte, negou o pedido.

A irmã de Aécio, Andrea Neves, foi presa. » Para Bolsonaro, renúncia de Temer é a melhor saída O mineiro deixou a presidência do PSDB nesta tarde alegando que vai se dedicar a provar sua inocência, após ser citado e gravado pelo empresário Joesley Batista em delação premiada feita à Procuradoria-Geral da República e homologada nesta quinta pelo STF. “Em razão das ações promovidas no dia de hoje contra mim e minha família, quero afirmar que, a partir de agora, minha única prioridade será preparar minha defesa e provar o absurdo dessas acusações e o equívoco dessas medidas”, diz Aécio em nota oficial.