O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) anunciou que os senadores de oposição se reunirão na noite desta quarta-feira (17) para elaborar um pedido de impeachment do presidente Michel Temer após denúncia de que ele teria sido gravado por empresários negociando pagamentos a aliados.

O senador afirmou que o fato é gravíssimo. » Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar silêncio de Cunha, diz jornal Segundo notícia veiculada pelo jornal “O Globo”, os donos da empresa de produção de carnes JBS, Joesley e Wesley Batista, entregaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) gravações que mostram Temer negociando com eles o pagamento de uma “mesada” ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no Paraná.

O dinheiro teria a função de garantir que Cunha não faria um acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Os senadores Magno Malta (PR-ES) e José Medeiros (PSD-MT) criticaram a postura dos senadores oposicionistas, dizendo que eles não levam delações a sério quando elas envolvem figuras dos seus partidos.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) reforçou a comunicação de Lindbergh e disse que o Senado precisa “levar a sério” a denúncia.

De acordo com a publicação, o presidente Michel Temer foi gravado em um diálogo embaraçoso.

Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS).

Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley.

Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados.

Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”.