Será que a marolinha de Temer está sendo superada.
Mais um dado neste sentido foi divulgado nesta terça.
Segundo o Ministério da Integração, a procura por financiamentos do Fundo de Desenvolvimento no Nordeste já supera em mais de 300% o movimento registrado no primeiro trimestre de 2016.
A região se destacou em função da liberação do financiamento de energias renováveis.
Já Norte e Centro-Oeste seguem a tradição de aprovação mais efetiva no segundo semestre do ano.
Como se sabe, com menos recursos disponíveis nos Fundos de Desenvolvimento do que nos Fundos Constitucionais, os analistas preferem conhecer boa parte dos projetos para recomendar a liberação.
No Nordeste, de acordo com dados da Sudene, a Superintendência de Desenvolvimento da região, órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional, o valor total das solicitações de crédito cresceu 354,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de R$ 162,8 milhões para R$ 740,2 mi.
Um dos fatores determinantes para esse resultado foi a abertura de crédito para o setor de energias renováveis, que inclui pequenas hidrelétricas, parques eólicos e centrais fotovoltaicas.
O financiamento estava suspenso e voltou a ser autorizado desde setembro de 2016.
Só neste ano, 11 consultas direcionadas a estas atividades foram aprovadas pela Sudene e estão aptas a buscarem crédito junto às instituições financeiras federais. “Já aprovamos em consulta prévia algo em torno de R$ 740 milhões, e ainda temos outros tantos pleitos sendo analisados.
Isso representa um crescimento considerável não só em relação ao ano passado, mas em relação também ao ano de 2015. É um número forte e, se esses valores forem implementados, nós utilizaremos 100% da capacidade do Fundo, que tem este ano um orçamento de cerca de R$ 1,6 bilhão”, destaca o superintendente da Sudene, Marcelo Neves.
Ele ressalta ainda que outros R$ 900 milhões em projetos para os setores de saneamento básico, irrigação e indústria também estão em análise.
Na Amazônia, a procura maior foi para infraestrutura e agricultura.
Já no Centro Oeste não houve aprovação de carta consulta e o destaque no movimento coube mesmo ao Fundo Constitucional, que teve um dos melhores resultados nos últimos anos.
O Banco Central divulgou esta semana alta de 1,12% no índice IBC-Br no primeiro trimestre deste ano e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apontar, para o mesmo período, crescimento de até 345% na contratação de algumas de suas linhas de financiamento,.
Mais um indicador atesta a retomada da confiança dos empresários no futuro da economia brasileira.
Os Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento, administrados pelo Ministério da Integração Nacional, também confirmam essa tendência.
Somente no primeiro trimestre de 2017, esses fundos registraram alta de 37,6% na procura e em contratos assinados para a liberação de financiamentos - melhor resultado dos últimos oito anos e o segundo melhor desde 2003.
Já foram R$ 5,28 bilhões este ano em créditos aprovados para projetos privados nos estados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, contra R$ 3,83 bi no primeiro trimestre de 2016.