Empresários e dirigentes da FIEPE receberam nesta segunda, na Casa da Indústria, o secretário de Desenvolvimento Econômico e vice-governador, Raul Henry, para discutir uma série de assuntos relacionados ao setor produtivo.

Entre o principal deles, o Prodepe.

Há cerca de um ano a FIEPE entregou um documento ao Governo do Estado com 11 sugestões de melhoria, e desde julho do ano passado, apenas 3 delas foram atendidas.

Entre as oito medidas ainda não atendidas e que são consideradas as prioridade para a FIEPE, foi abordado a importância de se considerar a existência ou não de capacidade de produção ociosa no setor do pretendente – com intuito de evitar maiores dificuldades às empresas já instaladas – e que os incentivos fiscais destinados à novas empresas que se instalarão seja redistribuídos de forma a contemplar todos as indústrias que fabriquem o mesmo produto.

Outro assunto debatido entre os empresários e o executivo da pasta foi a legislação aprovada no final do ano passado que só permite aos consumidores buscarem o mercado livre de gás se tiverem um consumo superior a 500.00 metro cúbicos por dia. “A medida vai contra as premissas do próprio Ministério de Minas e Energia, que estimula o aumento da competição e a diversidade de agentes”, explica o gerente de Economia e Negócios Internacionais da FIEPE, Thobias Silva.

Segundo levantamento feito pela FIEPE, o mínimo exigido pela Lei Estadual está muito acima da praticada em estados como São Paulo ou Espírito Santo, que exigem consumo diário superior a 10.000 e 35.000 metros cúbicos, respectivamente.

Além de impossibilitados de recorrer ao mercado aberto, o consumidor de Pernambuco ainda paga mais caro pelo gás comercializado em estados vizinhos como Rio Grande do Norte e Bahia, que são, em média, 20% mais baratos.

Os empresários também pediram um posicionamento do governo estadual quanto à proposta de criação de mais um feriado que está para ser votado na Assembleia Legislativa.

Apesar de reconhecer a importância da Data Magna para a história do Estado, empresários se posicionaram contra o feriado que chega para tirar mais um dia de produtividade da indústria do Estado.