Estadão Conteúdo - O presidente Michel Temer (PMDB) voltou a salientar a importância da reforma da Previdência e disse ter certeza da sua aprovação, em entrevista exibida na noite desta segunda-feira (15) pela Rede Vida.
Apesar do discurso confiante, Temer disse que não há plano alternativo em caso de derrota da reforma no Congresso. “Parece que agora ou a (reforma da) Previdência é aprovada, ou então não tem governo.
Não é verdade.
Eu acho que a reforma da Previdência é fundamental e será aprovada com apoio do Congresso Nacional, mas não é o único fato que nós levamos adiante no governo”, afirmou.
Para ir ao Senado, a proposta precisa da aprovação de três quintos dos 513 deputados, ou seja, 308 votos favoráveis.
O Placar da Previdência, publicado pelo Grupo Estado, mostra que apenas 82 deputados apoiam a reforma.
Os contrários são 225, segundo dados atualizados nesta segunda-feira. “Neste momento, nós estamos trabalhando politicamente.
Os partidos estão contando os votos e nós vamos ao plenário quando houver pelo menos os 308 ou mais votos contados.
Eu acho que nós teremos (maioria) porque já mudou o clima, tanto na sociedade como no Congresso”, afirmou.
Como exemplos de conquistas de seu governo, Temer citou a melhor relação do Executivo federal com os Estados e com o Congresso Nacional, além da aprovação do teto para as contas públicas.
Lava Jato O presidente também foi questionado sobre o instrumento de delação premiada, que vem sendo amplamente utilizado na Operação Lava Jato.
Sem citar a construtora Odebrecht, Temer disse que “só uma empresa tinha 77 delatores, aí banalizou um pouco”. “A delação é algo importante, mas claro que é algo também excepcional.
A pessoa vai chamar um delator para ter dados investigatórios, não dados condenatórios.
As delações precisam ser confirmadas”, reforçou.