Porque a PDVS não veio Fernando Castilho, na coluna JC Negócios Se for verdade, ao menos em parte, as revelações da ex-marqueteira do PT Mônica Moura sobre os pagamentos – via caixa 2 e em dólar – na campanha de reeleição do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, feitos com verbas da Odebrecht, estará explicado porque a PDVSA não entrou como sócia da Refinaria Abreu e Lima, em Suape.

Chávez, naturalmente informado do modelo de negócios da construção da obra, não viu razão para virar sócio (50%) de empreendimento que estava sendo superfaturado e cujos desvios já alimentavam até sua própria campanha política.

Então porque fazer a PDVSA se juntar a um sócio que estava construindo um empreendimento com tantos desvios?

Se a informação de Mônica for verdadeira – apenas quanto a esse fato – é fácil entender porque o ministro do petróleo da Venezuela, Rafael Ramirez, nunca assinou o acordo.

Sua estatal – sabedora dos desvios na Petrobras – não poderia aceitar pagar por metade deles.

No mundo do crime existe uma frase que resume a ética da delinquência e que talvez explique a recusa da estatal de Chávez de vir para a Abreu e Lima: “Eu roubo, você rouba, nós podemos roubar juntos, mas nunca podemos roubar um ao outro”.