A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) é acusada de ter utilizado um e-mail fictício, com o codinome “Iolanda”, para avisar o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, sobre a sua iminente prisão na Operação Lava Jato.

De acordo com o site da revista Veja, o relato consta nos depoimentos do acordo de delação premiada dos marqueteiros João Santana e sua esposa Mônica Moura.

O casal contou ao Ministério Público Federal (MPF) que a petista alertou com o seguinte trecho cifrado, salvo na pasta de rascunho. “O seu grande amigo está doente.

Os médicos consideram que o risco é máximo, 10.

O pior é que a esposa, que sempre tratou dele, agora está com câncer e com o mesmo risco.

Os médicos acompanham os dois, dia e noite”, disse.

O doente, nesse caso, seria o publicitário, quanto a “esposa” é uma referência à Mônica Moura.

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De acordo com Mônica Moura, no telefonema, a ex-presidente recomendou o casal se afastar do Brasil e avisou a Santana que a sua prisão estava decretada. » Dilma sofre de ‘amnésia moral’, diz João Santana » Mônica Moura discutiu caixa dois pessoalmente com Dilma, diz revista No dia seguinte, em 22 de fevereiro de 2016, a Polícia Federal deflagrou a 23ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Operação Acarajé, cujos principais alvos eram os marqueteiros do PT.

Segundo Mônica Moura, às informações sobre as investigações da Lava-Jato seriam vazadas pelo ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

Procurados, Dilma e Cardozo negam as acusações.