Arraes era contra a venda da Celpe, mas só aceitou quando Eduardo Campos o convenceu que era a única forma de arrumar recursos para tocar o Estado, já que se recusava a fazer ajuste fiscal.
Já tinha sido obrigado a vender o Bandepe a contragosto, aprisionado pelo discurso sindicalista.
A oposição queria a venda, mas Jarbas precisava impedir a antecipação de R$ 700 milhões, pelo BNDES, por parte das ações, de modo que o PSB não fizesse obras e tivesse o que mostrar nas eleições.
Em certo sentido, a manobra do governador Paulo Câmara e a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, assinando, nesta terça-feira (09/05), um acordo de cooperação técnica entre o Estado e o banco para planejar e estruturar as possíveis ações futuras da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) é a repetição da história.
Paulo Câmara precisa financiar obras para ter alguma chance na reeleição.
Paulo Câmara também tratou com Maria Sílvia dos novos empréstimos do BNDES a Pernambuco.
O Estado recebeu autorização do Governo Federal para fechar novas operações de crédito no montante de até R$ 600 milhões.
Além da construção de novas escolas em tempo integral, o Governo de Pernambuco pretende usar o dinheiro do empréstimo do BNDES, por exemplo, para a aquisição 700 motos e de dois helicópteros no Plano de Segurança Pública e também para destinar a diversas obras hídricas no Agreste e no Sertão do Estado.