Sem alarde, mas também sem esconder nada, os vereadores do Recife aumentaram para R$ 4.595,00 o valor de auxílio-alimentação a ser pago aos parlamentares.
O aumento foi feito “às claras”, em votação na sessão de 27 de abril, mas somente publicado no Diário Oficial de 29 de abril, sábado do feriadão, logo depois da tentativa de greve geral da sexta.
O valor anterior eram “módicos” 3 mil reais.
O reajuste de “apenas” 53% foi uma iniciativa da Mesa Diretora da Casa e encontra respaldo na Lei Municipal 17.276/2006 da própria Câmara de Vereadores.
A resolução 2632/17 já está em vigor e os vereadores já receberão o novo valor a partir de maio.
Como o salário-mínimo é de 937 reais, o valor dos vereadores só com auxílio-alimentação, equivale a 4,9 salários-mínimos.
O primeiro secretário da Câmara Municipal do Recife, vereador Marco Aurélio de Medeiros (PRTB), informou que o aumento foi uma solicitação dos vereadores da Casa e que já havia 4 anos que os parlamentares não tinham aumento no benefício.
Ele lembrou que o valor anterior do auxílio alimentação era de 3 mil reais Questionado se o aumento poderia trazer impacto no orçamento da Casa, Marco Aurélio afirmou que sim, no entanto, o valor caberia nos custos da Câmara.
O vereador também afirmou que também vai haver a implementação do auxílio-alimentação aos concursados da Casa José Mariano.
Resposta do vereador Jayme Asfora O vereador Jayme Asfora (PMDB) procurou o Blog de Jamildo para esclarecer que desde o seu primeiro mandato na Câmara Municipal do Recife em 2013, abdicou do auxílio-alimentação e do auxílio-combustível.
O peemedebista também reiterou que a proposta foi votada sem estar na pauta do dia.
Ou seja, os vereadores só tiveram conhecimento da pauta na hora da votação.
Jayme esclareceu que no dia estava ausente da Casa, pois acompanhava a filha no médico. “Avisei ao departamento legislativo, inclusive, como de praxe (na véspera!) dessa minha ausência.Como também não recebo o auxílio, não percebi que isto tinha acontecido”, disse.
O vereador chamou os benefícios de “penduricalhos” e criticou. “Sou contra estes famosos penduricalhos (auxílios alimentação, moradia, combustível e etc), sobretudo por serem pagos como formas indiretas de remuneração.
Não têm nada de indenizatório!
Sendo assim, não recebo os que são pagos mês a mês na Câmara do Recife”, declarou.