Ao Blog de Jamildo, A respeito das confusas explicações do governo de Pernambuco em relação à carta de cobrança da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para o governo de Pernambuco, devedor de R$ 62 milhões de contas de água e esgoto dos seus prédios públicos, asseguro aos pernambucanos que não jogarei o jogo da truculência e da desqualificação, típico da liderança governista aqui na Assembleia Legislativa.
Seguirei firme, portanto, no sentido de representar a população do nosso Estado, propondo e fiscalizando - muitas vezes de forma incômoda para alguns -, sempre com base em informações oficiais, fruto de rigorosa apuração técnica, basilar para o nosso mandato.
Ao carimbar como “falsas” as informações repassadas por mim sobre a carta de cobrança enviada ao secretário da Fazenda Marcelo Barros no último dia 07 de março, a liderança do governo desacredita não a mim, mas a própria diretoria da Compesa, que através do diretor de Mercado e Atendimento, Eduardo Cunha Sabino, alertou o Executivo estadual dos riscos oferecidos à Companhia caso mantidas as faturas dos prédios públicos em aberto.
O documento, conforme a imprensa pernambucana conferiu ontem, foi divulgado por mim na sua totalidade.
Desta feita, aproveito para divulgar o inteiro teor do ofício enviado pela Diretoria de Gestão Corporativa da Compesa, Simone de Albuquerque Melo, enviado ao meu gabinete pelo procurador-geral do Ministério Público de Contas de Pernambuco, Cristiano da Paixão Pimentel, após petição minha ao MPCO.
O ofício ratifica o posicionamento da carta de cobrança, explicando com mais detalhes a situação da dívida entre a administração estadual e a Compesa.
Diferente do que registra a liderança do governo, não há nenhuma menção da Compesa sobre qualquer movimento em prol de um “acerto de contas” entre as partes, fato que me tranquiliza já que o uso de expedientes informais e sem transparência (como o tal “acerto de contas”) não denota seriedade e zelo com a coisa pública.
O texto da Diretoria de Gestão Corporativa é direto. “A política de cobrança da Companhia não permite que se deixe de cobrar o que é devido, até em respeito aos consumidores que se mantêm adimplentes com suas obrigações”.
Por fim, reitero minha disposição de contribuir com o desenvolvimento econômico e social de Pernambuco, sempre com base em discussões elevadas, objetivas e transparentes.
Transparência essa que, após algumas deliberações do governo estadual (como o pedido para a Polícia Militar divulgar apenas informações positivas à imprensa e a censura de dados no seu Portal de divulgação de contas públicas), se coloca cada vez mais nebulosa e distante.
Priscila Krause (DEM) Deputada estadual Relatório do TCE sobre Compesa