Após a Comissão Especial da Reforma da Previdência aprovar por 23 a 14 o relatório do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), na noite desta quarta-feira (3), o deputado Danilo Cabral (PSB-PE) acredita que a vitória do governo Michel Temer (PMDB) será revertida no Plenário da Casa. “O governo ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar o projeto. É preciso dar um ‘calor’ nos deputados favoráveis à proposta e nos indecisos.
Só com a força da sociedade vamos derrotar a retirada dos direitos dos trabalhadores”, destacou o socialista.
O texto principal foi aprovado por 23 a 14 votos.
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De acordo com Danilo Cabral, a expectativa é de que a votação ocorra em duas semanas. “Nesse período, o governo irá tentar convencer os deputados a aprovarem o texto, por isso, precisamos nos manter mobilizados”, afirmou.
O deputado pernambucano, desde que o projeto chegou à Casa no fim do ano passado, tem feito um enfrentamento contra a matéria. “Somos contra qualquer medida que fira as conquistas da classe trabalhadora”, frisou. » Danilo Cabral defende que PSB feche questão contra reformas trabalhista e da Previdência » Reforma da Previdência.
Danilo Cabral cobra posição do governo sobre imunidade de filantrópicas » Na Câmara dos Deputados, Danilo Cabral aprova moção de apoio à aposentadoria especial dos professores Danilo Cabral também ressaltou os votos dos deputados do PSB integrantes da comissão especial.
Eles seguiram a orientação do partido, que fechou questão contra a Reforma da Previdência. “O governo tentou substituir os parlamentares, mas o PSB não permitiu e manteve sua posição”, comentou.
Os deputados dos partidos da base governista contrários ao projeto que faziam parte do colegiado foram substituídos para que o Palácio do Planalto assegurasse os votos para a aprovação do texto. “O governo mais uma vez usou o rolo compressor, ‘tratorando’ o debate, que deveria ter sido feito de forma ampla com a sociedade”, disse o parlamentar. » Juventude do PSB exige destituição imediata da líder do PSB na Câmara, aliada de Temer Para Danilo Cabral, com a Reforma da Previdência, o governo Temer errou na forma e no mérito do projeto. “Defendeu um déficit que não existe, podou o diálogo na Câmara e com a sociedade e jogou as contas nas costas dos trabalhadores”, criticou.
Ele ainda acrescentou que falta ao texto, por exemplo, a discussão sobre a cobrança de dívidas e de medidas mais rígidas para inibir os devedores.