Antes de embarcar para Brasília, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) gravou um vídeo na manhã desta terça-feira (2), dizendo que estava “entalado” após ver uma matéria do jornal Estado de São Paulo, em que o governo vai pedi regime de urgência no Senado para votação da reforma trabalhista.

O senador petista reagiu afirmando que “só por cima do nosso cadáver” e disse que a proposta precisa ser analisada em todas as comissões da Casa. “Só se for por cima do nosso cadáver, só se quiserem vir para porrada, porque isso é um desrespeito gigantesco com o Senado Federal.

Na verdade o projeto da reforma trabalhista tem que tramitar por todas as comissões”, declarou.

LEIA TAMBÉM » Urgência deve ser o primeiro ponto da reforma trabalhista discutido no Senado » Senadores pernambucanos se dividem na votação da reforma trabalhista » Marina Silva vê pressa do governo Temer em votar reforma trabalhista O senador que é da bancada de oposição, também afirmou que a proposta rasga a CLT e que o governo de Michel Temer (PMDB) está colocando o País em uma luta de classe escrachada. “Estamos rasgando a CLT que foi uma conquista que nós tivemos em 1943.

O que eles estão fazendo é colocar o País numa luta de classe escrachada; querem que o trabalhador trabalhe 12 horas por dia”, disse. » Votação da reforma trabalhista indica apoio ‘oculto’ à Previdência » Renan atua para modificar e atrasar reforma trabalhista no Senado Lindbergh Farias disse no vídeo que estava indo para Brasília para enfrentar o governo e que não vai aceitar o regime de urgência.

Ele também lembrou da greve geral que ocorreu na última sexta-feira (28). “Depois de uma greve geral vitoriosa que parou 40 milhões de brasileiros, a posição do governo é essa? É atropelar? É passar por cima dos senadores?

Votar por regime de urgência?”, indagou. » Planalto envia recado a Renan após críticas à reforma trabalhista » Renan diz que reforma trabalhista aprovada na Câmara não passará no Senado “Nós não vamos aceitar.

Vai ter reunião de líderes hoje e nós vamos dizer de alto e bom som.

Só se eles quiserem viabilizar de uma vez por todas o funcionamento do Senado Federal.

Nós vamos resistir com muita garra essa reforma trabalhista”, concluiu.

Assista o vídeo [facebookvideo ]