Enquanto fazia exercícios físicos na orla de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, nesta segunda-feira (1º), o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), passou por um grupo de policiais militares que protestava contra o Programa Jornada Extra de Segurança (Pjes), em ato para marcar o Dia do Trabalho.

O aliado de Paulo Câmara (PSB) cumprimentou os manifestantes e seguiu, enquanto alguns PMs gritavam em tom jocoso: “Não corra, não”.

LEIA TAMBÉM » Contrários a reajuste dado por Paulo Câmara, PMs reúnem-se nesta quarta » Corregedoria da SDS determina primeiras prisões para grevistas da PM O protesto foi organizado pela Associação de Cabos e Soldados, uma das que convocaram a ‘operação padrão’ de quase três meses desde o fim do ano passado até o início deste ano.

Os PMs não cumpriam as jornadas extras para pressionar o Governo de Pernambuco pela equiparação dos salários da categoria com a Polícia Civil.

Até hoje, não estão satisfeitos com o reajuste concedido em fevereiro. » Justiça nega ação movida pela oposição a Paulo Câmara e corrobora reajuste de salário da PM » Paulo Câmara sanciona aumento da PM » Por 32 votos, reajuste da PM é aprovado em segunda votação na Alepe Foto: Bruno Cantarelli/Divulgação - Foto: Bruno Cantarelli/Divulgação Foto: Bruno Cantarelli/Divulgação - Foto: Bruno Cantarelli/Divulgação Foto: Bruno Cantarelli/Divulgação - Foto: Bruno Cantarelli/Divulgação Foto: Bruno Cantarelli/Divulgação - Foto: Bruno Cantarelli/Divulgação No fim da semana passada, Paulo Câmara enviou para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um projeto fazendo diversas alterações na Polícia Militar.

Uma das mudanças que mais chamam atenção é a redução do número de cotas do Pjes.

A alteração do programa, que deverá se tornar um programa de gratificações, é uma estratégia da Secretaria de Defesa Social (SDS) para aumentar a quantidade de policiais nas ruas.

O efetivo da PM não é suficiente e, da forma como estava funcionando, por meio de plantões extras, não convencia os policiais a aderirem ao esquema de plantões. » Guilherme Uchoa enquadra Sílvio Costa Filho e PMs na votação do reajuste » Corregedoria da SDS determina primeiras prisões para grevistas da PM » “Fora ‘Giboia’!”, gritam esposas de PMs em protesto no Recife A Associação de Cabos e Soldados se posicionou contrária ao novo projeto do governo. “Não somos contra a gratificação, mas isso não é salário”, afirmou o presidente da entidade, Albérisson Carlos. “O que a gente quer é valorização profissional.

Não adianta valorizar uns e deixar a grande maioria de lado. É um governo que não dialoga e só tem ameaça a todo momento por parte do secretário (de Defesa Social, Ângelo Gioia).

Se a tropa não fizer tal coisa, é punição para um lado, é transferência para outro.

O regulamento só é usado para nos punir.”