Um vídeo em que o subprefeito de Pinheiros, em São Paulo, Paulo Mathias, anuncia que um grupo de funcionários iria dormir no prédio do órgão para evitar transtornos por causa da greve geral dessa sexta-feira (28) provocou reação do Ministério Público do Trabalho São Paulo (MPT-SP).
O gestor será investigado e poderá ser punido.
Nas imagens, aparecem seis funcionários e o subprefeito, que critica a paralisação e diz que “algumas pessoas resolveram atrapalhar o direito dos outros”. “Nós somos a favor do direito à greve, mas não em dia de trabalho”, diz ainda Mathias.
LEIA TAMBÉM » Doria usa critica à ‘greve geral’ para ganhar amplitude nacional » Vice-prefeito do Recife diz que ponto não será cortado em dia de greve geral » Resenha Política analisa greve geral e reforma trabalhista » Dilma diz que greve mostra País “capaz de resistir a mais um golpe” Segundo o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, se for comprovado que os trabalhadores permaneceram na subprefeitura na noite de quinta-feira (27) para sexta (28), o gestor poderá ser processado por abuso de poder e o município poderá sofrer também ação civil pública.
O prefeito João Doria (PSDB) também atacou as manifestações. “Não é possível que em pleno século 21, uma administração pública obrigar seus funcionários a dormirem no local de trabalho, asfaltando-os do convívio familiar”, afirmou Fleury pela assessoria de imprensa.
Hoje, de forma espontânea, nossos funcionários decidiram dormir na prefeitura regional de Pinheiros por dedicação e compromisso com seu trabalho pela cidade de São Paulo. #EuTrabalho #AceleraSP #JoãoTrabalhador Uma publicação compartilhada por Paulo Mathias (@paulo_mathias_) em Abr 27, 2017 às 2:34 PDT