O deputado federal Tadeu Alencar (PSB) voltou a declarar sua posição contrária ao modelo de reforma trabalhista, em votação na plenário da Câmara dos Deputados.

Por meio de suas redes sociais, Tadeu Alencar justificou porque votará contra a proposta e alertou que o debate sobre a reforma trabalhista foi superficial, mas os danos ao trabalhador podem ser profundos. “Votarei contra a Reforma Trabalhista, hoje, no Plenário da Câmara, por dois motivos: primeiro, por considerar que não houve um debate amplo com a sociedade sobre tema de tamanho relevo.

Na própria Câmara dos Deputados, a proposta não recebeu o tratamento devido, com a aceleração de sua tramitação estimulada pelo Governo Federal, no velho estilo rolo compressor.

Ou seja, quer-se promover a alteração de mais de uma centena de artigos da CLT a toque de caixa”. “Segundo, porque se o debate foi superficial, os danos ao trabalhador podem ser profundos.

Não podemos permitir a perda de direitos duramente conquistados por gerações de brasileiros.

A reforma trabalhista que queremos e que é necessária é aquela que estimula a geração de empregos, que moderniza as relações de trabalho, mas ao mesmo tempo garante a dignidade do trabalhador e suas conquistas.

O modelo proposto não garante esses objetivos.

Estamos desperdiçando a oportunidade de promover reformas construídas em torno de um novo pacto social.

Não somos nós que queremos manter o Brasil no atraso, mas aqueles que, fruto de uma visão equivocada, acham que cassando direitos abre-se, como por milagre, a retomada do crescimento”.

Tadeu Alencar é procurador da Fazenda Nacional e, como todo funcionário público, quando se aposenta mantém os vencimentos integrais, diferentemente da maioria dos mortais que pagam impostos no Brasil.

Na semana passada, foi pressionado pelos seus pares a boicotar as reformas.

O outro paladino das reformas é o deputado Danilo Cabral.

Vem a ser funcionário do TCE.

Quando se aposentar, como funcionário público, também terá o ‘direito’ de manter os privilégios que são negados a maioria dos trabalhadores.