Mais um sinal claro de que o PSB está desgovernado e em profunda crise de identidade.
O deputado Isaltino Nascimento lembrou nesta quinta, no plenário da Alepe, a mobilização contra o “Plano Verão” do então presidente José Sarney em 1989.
Na época ele era dirigente sindical e participou da mobilização.
Após 28 anos, o deputado volta a falar da ‘importância da paralização de amanhã (28)’ com a mobilização e a participação de todos os movimentos sociais e instituições na greve geral.
O deputado disse que não dá para abrir mão de direitos e por isso a importância de ir às ruas. “O que está sendo colocado em cheque é a extinção da relação direta entre empregador e empregado.
Como o patrão conversa com o empregado em condição de igualdade na crise que enfrentamos hoje?
A quebra direitos com esse discurso de ‘modernização’ vai acabar com as conquistas e prejudicar os que têm menos condições econômicas”, justificou. “A greve geral de 28 de abril não é uma greve para quem tem privilégios.
As reformas Trabalhista e da Previdência são retrocessos às conquistas do povo brasileiro.
Com a reforma da previdência vai se acabar o conceito de seguridade social da Constituição Brasileira, da previdência pública.
Não podemos aceitar essas mudanças que estão sendo postas”.
Se o PSB estava com saudade dos tempos que era satélite do PT, o caso de Isaltino Nascimento é um dos mais sintomáticos.
Afinal, antes de aderir a Eduardo Campos, militou e teve mandato de deputado pelo partido.
A greve geral não interessa aos que trabalham de fato, antes é sim uma defesa do corporativismo do serviço público nacional.
Boa parte do PSB vai mostrando que não está a altura deste momento histórico, apostando no discurso fácil e na demagogia barata.