Em entrevista exibida pelo SBT durante a discussão da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados, o ex-presidente Lula (PT) voltou a criticar as mudanças.
Ex-líder sindical, o petista foi questionado por que costumava defender um dos principais pontos do projeto, o de que os acordos coletivos das categorias tenham mais força do que a lei, e respondeu: “O legislado vale menos do que o negociado quando o sindicato é forte”.
Para Lula, apenas “meia dúzia” de entidades conseguem negociar com os grupos patronais em igualdade no País, entre eles o dos metalúrgicos do ABC paulista, onde começou a vida política, e o dos bancários.
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Lula também atacou a reforma da Previdência. “É para jogar a desgraça do custo da Previdência nas costas do povo pobre”, falou. “Para resolver o problema da Previdência, a economia tem que voltar a crescer, pelo amor de Deus.” Segundo o petista, de 2004 a 2014, quando ele e Dilma Rousseff (PT) estavam no poder, a receita da seguridade social cresceu 54,1% e foi superavitária.