Bezerra Coelho lembra que PSB apoiou impeachment e tenta rever decisão da sigla contra reformas Giovanni Sandes, no blog Pinga Fogo Líder do PSB no Senado, o senador Fernando Bezerra Coelho formalizou nesta terça (25) um recurso contra a decisão da executiva nacional da legenda de fechar questão contra as reformas do trabalho e da Previdência, propostas do governo Michel Temer (PMDB).
No texto, o senador socialista lembra que o PSB deu apoio ao impeachment, que ocupou um cargo no governo Temer como “desdobramento político natural” desse apoio e que a legenda não deveria “engessar” as bancadas.
Bezerra Coelho é pai do ministro das Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho (PSB), e após reunião com Temer chegou a colocar o cargo do filho à disposição do governo.
O recurso do senador aprofunda o racha na legenda.
Mais cedo, nesta terça (25), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, vice-presidente nacional do PSB, divulgou nota em que declara abertamente discordar da decisão do PSB de fechar questão contra as reformas.
O senador socialista, em seu recurso de três páginas, lembra da relação socialista com o governo Temer. “O nosso partido, embora não tenha indicado nenhum dos seus membros para compor a gestão do poder executivo federal, manifestou compreensão com as bancadas da Câmara e do Senado de participarem do governo do presidente Michel Temer, como desdobramento político natural do apoio expressivo de seus representantes ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff”, escreveu Bezerra Coelho.
Na linha de frente contra Temer, CUT terá candidaturas em 2018, inclusive em Pernambuco Em seguida, no recurso, ele enfatiza: “É importante lembrar que o PSB deu seu apoio ao impeachment, entre outras razões, pela gravidade da crise econômica vivenciada no País, a qual resultou no expressivo montante de 13 milhões de desempregados”.
Bezerra Coelho diz que, próximo a completar um ano, o governo Temer já começa a produzir resultados “visíveis”, como indicadores da indústria e do emprego, e cita a redução da taxa de inflação.
Finalmente, ao chegar às reformas trabalhista e da previdência, diz que elas são “essenciais para promover a recuperação da economia e dos empregos”.
E que, embora a decisão da executiva do partido seja legítima, “o engessamento da manifestação política de suas bancadas não é oportuno, nem compatível com o espírito democrático que norteia os debates” do partido.