Um projeto de lei pode acabar com o horário eleitoral gratuito e as propagandas partidárias.

Apresentada na semana passada por Paulo Bauer (PSDB-SC), a proposta receberá emendas até a próxima quinta-feira (27).

A matéria está sendo analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e, se for aprovada no colegiado, pode seguir direto para a Câmara.

O senador argumenta que, apesar de não ter custos para os partidos políticos, os programas geram gastos para o poder público. “Custa para os cofres do governo em dez anos R$ 3,4 bilhões de compensações tributárias.

Com esse dinheiro, poderíamos construir casas populares, postos de saúde, hospitais e fazer muitas outras coisas”, alegou Bauer à Rádio Senado.

LEIA TAMBÉM » Mesmo em recesso, Câmara custeia propaganda e viagens de deputados » PMDB e PTN perdem tempo de TV por não cumprir percentual de mulheres nas propagandas Para ele, além disso, hoje em dia a propaganda na televisão e no rádio não influencia tantos eleitores na hora de decidir em quem vão votar.

Na opinião do parlamentar, boa parte do debate político-partidário é travado por intermédio das redes sociais. » Candidatos abriram mão de mais de 1.500 minutos de propaganda no segundo turno do Recife » Bolsonaro usa cota parlamentar em pré-campanha Além disso, o tucano afirma que o fim do horário eleitoral representaria a redução dos investimentos nas campanhas. “Qualquer campanha de governador, presidente, senador, tem um custo.

Desse custo, 60% é custo de produção de programas de rádio e televisão.

E nós não podemos fazer da política o caminho para o enriquecimento de marqueteiro, porque quem ganha dinheiro com isso é o marqueteiro, e quem perde a novela, perde o noticiário e perde a música no rádio e na televisão é o eleitor.” Na justificativa do projeto, Bauer afirma ainda que esses valores “têm favorecido a corrupção e a lavagem de dinheiro”; Senador pede o fim do horário eleitoral gratuito.

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