Estadão Conteúdo - Ainda sem garantia de que terá os votos necessários para aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o governo do presidente Michel Temer vai exonerar todos os ministros que têm mandato de deputado no dia da votação em plenário, anunciou nesta segunda-feira (24) o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy.

LEIA TAMBÉM » Temer diz que pedirá a ministros que se empenhem na aprovação das reformas Serão “12 ou 14” ministros que deixarão seus postos para reassumir o mandato, com a garantia de que retornarão a seus cargos no Executivo após a votação.

A estratégia será adotada apenas na Previdência - na reforma trabalhista, a avaliação do governo é que votação “será mais segura”, segundo Imbassahy.

O ministro, no entanto, negou que tenha insinuado uma votação “menos segura” no caso da reforma da Previdência. “É como se fosse reforçar um time.

O time está em campo e vai ficar mais reforçado ainda”, disse Imbassahy, que concedeu entrevista no Palácio do Planalto após reunião dos ministros mais ligados à atividade partidária com o presidente. » Apoio a Temer na Câmara cai às vésperas de reformas » Temer avisa aliados que não há espaço para ‘concessões’ em reformas » Mesmo com mudanças, reforma da Previdência ainda é desafio para governo Além da decisão pelas exonerações, Imbassahy anunciou que nenhum ministro viajará nesta semana. “Todos ficarão em Brasília, abertos a atender os parlamentares.

A partir da votação, interrompe-se o atendimento para que eles possam votar”, explicou o ministro. » Com plenário vazio, comissão conclui leitura de texto da reforma da Previdência » Temer enquadra siglas ‘infieis’ para aprovar reformas » PSOL vai ao STF para derrubar votação de urgência da reforma trabalhista Imbassahy ressaltou a importância das reformas trabalhista e previdenciária e disse que a decisão é uma ação da coordenação política do governo e de todos os ministros, que têm “capacidade administrativa já comprovada”.

Sobre a reforma trabalhista, que será votada esta semana em plenário, o ministro afirmou que a reunião “deu mais confiança” em relação à aprovação da proposta.