Os servidores da Assembleia Legislativa de Pernambuco anunciaram, nesta quinta-feira, que vão aderir à tentativa de greve geral do dia 28 de abril, convocada pelas centrais sindicais.

A decisão foi tomada em assembleia da categoria na manhã de hoje (20).

Até o dia, o Sindilegis (Sindicato dos Servidores no Poder Legislativo de Pernambuco) fará mobilizações com panfletos para reforçar a importância da greve, inclusive, conscientizando os servidores comissionados dos gabinetes para que eles também possam aderir ao movimento paredista.

No dia 27, o Sindicato vai montar uma “Tenda do Aposentômetro”, para calcular com que idade as pessoas poderão se aposentar com a atual legislação e com a emenda proposta pelo governo Michel Temer.

O aplicativo que fará o cálculo foi produzido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

O Sindilegis é contrário à reforma da previdência, à reforma trabalhista e à lei das terceirizações, aprovada pela base parlamentar do Governo Temer. “Cumprindo a deliberação da categoria em assembleia, vamos parar no dia 28, para lutar pelos direitos da classe trabalhadora.

Os servidores estaduais não estão imunes a todos esses ataques.

Se todos esses retrocessos passarem, pode ser o fim do serviço público”, disse Marconi Glauco, presidente do Sindilegis Pernambuco.

Em assembleia realizada na noite desta quarta-feira (19), o Sindicato dos Polícia Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) decidiu que irá aderir à greve geral contra a Reforma da Previdência A paralisação vai durar 24 horas e, portanto, não descumpre a recente decisão do STF quanto ao direito de greve das categorias policiais.

Para o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, é um dever de a categoria juntar-se aos demais movimentos e sindicatos na mobilização para barrar essa perversa reforma que praticamente acaba com a aposentadoria. Áureo lembrou ainda que não há nada que garanta que os policiais estão fora da reforma, além do que, mesmo com as alterações anunciadas, os policiais continuam sendo prejudicados. “Não interessa que o governo tenha dito que vai retirar os policiais civis desse primeiro momento da reforma.

Primeiro, porque não pretendemos ser uma elite privilegiada; e depois, porque não adianta pensarmos apenas na nossa categoria: afinal de contas, somos policias mas não vivemos numa ilha.

Queremos uma aposentadoria digna e justa para todos os trabalhadores”, defendeu Áureo.