Uma semana após a condenação do babalorixá Edson de Omolu, acusado de perturbação do sossego alheio, o deputado Isaltino Nascimento (PSB), líder da bancada governista, levou o assunto para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nessa quarta-feira (19).
Para o socialista, a medida revela racismo das instituições públicas contra religiões de matriz africana.
LEIA TAMBÉM » Deputado defende cota para negros, indígenas e ciganos em concursos de Pernambuco » Deputado Ossesio repudia caso de racismo no Recife O religioso foi denunciado por um vizinho diversas vezes desde 2015 por causa dos cultos e reclama ter sido alvo de preconceito. “O único crime cometido nesse caso é o preconceito religioso do Poder Judiciário e do Ministério Público em proibir que um babalorixá possa usar, na sua casa, o toque dos tambores sagrados”, disparou o parlamentar socialista na Casa. » Parlamentares acusam Bolsonaro de racismo e entram com representação na PGR » Acusado de racismo, Bolsonaro diz que quilombolas são massa de manobra de petistas O babalorixá foi punido pelo Juizado Especial Criminal de Olinda com 15 dias de prisão, convertidos em prestação de serviços à comunidade. “Custo a crer em atitude semelhante contra um padre que esteja simplesmente praticando sua religião”, disse o deputado, que avaliou que a polícia e a Justiça estão sendo usados para tolher a liberdade de culto.