Um dia depois de não atingir a votação necessária para aprovar a urgência na reforma trabalhista, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocou novamente em votação um requerimento para acelerar a tramitação do projeto.
Desta vez, por 287 votos a 144, a medida foi aprovada.
Apesar da mudança no cenário nacional, deputados federais pernambucanos mantiveram os votos.
Veja como eles se posicionaram: Adalberto Cavalcanti (PTB) - Sim André de Paula (PSD) - Sim Augusto Coutinho (SD) - Sim Betinho Gomes (PSDB) - Sim Carlos Eduardo Cadoca (PDT) - Sim Creuza Pereira (PSB) - Não Daniel Coelho (PSDB) - Sim Danilo Cabral (PSB) - Não Eduardo da Fonte (PP) - Sim Fernando Monteiro (PP) - Sim Gonzaga Patriota (PSB) - Sim Guilherme Coelho (PSDB) - Sim Jarbas Vasconcelos (PMDB) - Sim João Fernando Coutinho (PSB) - Sim Kaio Maniçoba (PMDB) - Sim Luciana Santos (PCdoB) - Não Marinaldo Rosendo (PSB) - Sim Pastor Eurico (PHS) - Não Ricardo Teobaldo (PTN) - Sim Severino Ninho (PSB) - Não Tadeu Alencar (PSB) - Não Wolney Queiroz (PDT) - Não Zeca Cavalcanti (PTB) - Não LEIA TAMBÉM » Câmara rejeita urgência à reforma trabalhista.
Veja votos dos pernambucanos » Maia reconhece erros sobre urgência da reforma trabalhista Nessa terça-feira (18), haviam sido 230 votos favoráveis, 163 contrários e uma abstenção, mas eram necessários 257 votos.
O relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) sobre a reforma trabalhista amplia o poder dos acordos entre patrões e empregados sobre a legislação; faz ressalvas à recém-aprovada lei sobre terceirização; regulamenta o teletrabalho; e retira da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a obrigatoriedade da contribuição sindical para trabalhadores e empregadores. » Em nota técnica, MPT pede rejeição ao relatório da reforma trabalhista » Reforma trabalhista prevê demissão ‘de comum acordo’ entre trabalhador e empresa » Reforma trabalhista trará mudanças em 100 pontos da CLT, diz relator A proposta torna regra geral a prevalência dos acordos coletivos, enquanto o texto original previa a negociação mais forte que a lei em apenas 13 pontos.
Agora, pelo texto de Marinho, o rol dos casos de acordo coletivo maior que a legislação é apenas exemplificativo e traz 16 temas, como banco de horas, parcelamento de férias e plano de cargos e salários. » Reforma trabalhista recebe 844 emendas » Em reunião com ministro, Maia diz que reforma trabalhista será votada ainda em abril A nova votação, esta noite, provocou polêmica no plenário e protestos tanto da base aliada quanto da oposição.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) foi um dos que tentaram convencer o relator de que o requerimento poderia ficar para a próxima semana. “De base desorganizada eu entendo.
Vivemos isso.
O governo tem de reconhecer que a base está desorganizada”, alegou.
Para Orlando, o governo quer dar aparência de tranquilidade no Legislativo diante da repercussão das delações premiadas dos ex-executivos da Odebrecht.
O deputado teme que, se aprovado o requerimento, não haja votação do texto na comissão especial, já que a urgência permitirá que o projeto seja votado diretamente no plenário. “É um atropelo injustificável”, afirmou. » Reforma trabalhista será a segunda que governo ‘seguramente’ realizará, diz Temer » Câmara tende a mudar reforma trabalhista » Deputado do PSB critica reforma trabalhista de Temer Marinho defendeu que o substitutivo foi construído com mais de 850 emendas, sendo 400 delas acolhidas no relatório. “Não é trabalho só do relator”, disse, acrescentando que a reforma recebeu o terceiro maior número de emendas dos últimos 14 anos na Câmara.
O tucano também criticou o excesso de ações judiciais na Justiça no Trabalho. “O Brasil sozinho tem o dobro do conjunto das nações da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], são 4 milhões de ações por ano”, disse o relator da reforma. “Vivemos na era da tecnologia da informação, da robótica e eles se agarram ao passado, porque dessa maneira eles se alimentam.
Saiam das cavernas.
Precisamos proteger os trabalhadores, mas não podemos impedir o progresso.” *Post atualizado às 10h30 do dia 20 de abril para inclusão de dois nomes que faltavam na lista.