Um grupo fará uma performance destinada ao governador Paulo Câmara (PSB), para protestar contra o aumento da violência no Estado.
O ato ocorrerá nesta quinta-feira (19), a partir das 18h, em homenagem aos mortos durante os meses de janeiro a abril em Pernambuco.
O nome do evento “Desconforto” faz referência a declaração do governador, em que disse em entrevista à Rádio Jornal, que os números da violência indicavam uma “situação desconfortável”.
Também durante a entrevista à Rádio Jornal, o socialista também comparou os balanços extraoficiais sobre os números de homicídios e da violência no Estado e afirmou que os dados eram “boatos”.
LEIA TAMBÉM » Grupo organiza protesto no Recife contra violência no Estado » Estudo realizado no Facebook e Twitter aponta opinião dos pernambucanos sobre a violência » Oposição denuncia crescimento da violência em PE nos últimos 100 dias Durante a performance, voluntários e familiares das vítimas estarão vestidos de preto e irão deitar no chão, em frente ao Palácio.
Além da exibição, também contará com apresentação artística e distribuição de 500 cruzes e mil velas simbolizando as vítimas da região nos últimos meses.
Na página oficial do evento, mais de mil pessoas confirmaram presença no protesto.
Uma das organizadoras do evento é a professora da Universidade Federal de Pernambuco, Liana Cirne Lins, que disse espera 1.522 voluntários, número de mortos de janeiro a março, no ato. » “Situação está muito desconfortável”, diz governador sobre violência » “Tem muito boato”, diz governador sobre números da violência no Estado A professora revindica políticas públicas na área de segurança que combate a violência e lembrou o caso do jovem Edvaldo, 19 anos, que morreu na semana passada, após levar um tiro de policiais militares durante um protesto, em Itambé, em que revindicava segurança. “Queremos políticas sólidas de prevenção da violência, inclusive de prevenção ao feminicídio e todas as formas de violência contra a mulher, combate à impunidade, investimento na polícia, inclusive em formação.
Nunca mais outros casos como o do jovem Edvaldo, assassinado a sangue frio por um policial durante um protesto)”, lembrou.