Agência Brasil e Estadão Conteúdo - Ficou para essa quarta-feira (19) a leitura do relatório sobre a reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados que discute o assunto.
A informação foi dada pelo presidente da comissão, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que participa na manhã desta terça-feira (18) de um café da manhã no Palácio da Alvorada com o presidente Michel Temer, ministros de Estado e deputados da base aliada ao governo. “Tendo em vista a intensidade das conversações que se estabeleceram ontem, que vão se estabelecer ainda hoje neste café da manhã e outras tratativas que acontecerão, o relator solicitou mais algumas horas para poder, inclusive, incluir no relatório o resultado dessas conversações”, disse Marun, após conversa com Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA).
LEIA TAMBÉM » Projeto da reforma da Previdência deve ter idade mínima menor para mulheres » Secretário da Previdência defende idade mínima para aposentadoria » Henrique Meirelles diz que, sem reforma, Previdência poderá ficar insustentável em 10 anos De acordo com Marun, o governo não vê prejuízo na alteração da data, já que o calendário de votação na comissão está mantido para a próxima semana, com previsão para os dias 26 e 27. “É melhor concedermos mais horas para que tenhamos amanhã um texto definitivo”, afirmou Marun.
O deputado informou que o relator Arthur Maia tem nesta terça mais uma reunião com os senadores para também incorporar ao texto suas proposições e facilitar a aprovação do projeto no Senado.
Marun ressaltou, entretanto, que não há possibilidade de novo adiamento da leitura do relatório.
A principal questão que ainda está em discussão, segundo Marun, é a idade mínima para aposentadoria.
Ele disse que existe entendimento em boa parte da base, não só da bancada feminina, de que se deve manter uma diferenciação entre a idade mínima para a aposentadoria de homens e mulheres. “Não é uma unanimidade, mas estamos avançando no sentido de chegar a bom termo”, disse. » Reforma da Previdência não põe fim a privilégios de algumas categorias » Deputados ainda questionam pontos da PEC da Previdência; governo está otimista Deputado insatisfeito O deputado federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), deixou o café da manhã com o presidente Michel Temer (PMDB) e deputados da base aliada dizendo que - como representante da central sindical - não está satisfeito com o texto da reforma da Previdência apresentado na manhã desta terça-feira (18), pelo relator Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA). » Reforma da Previdência é fundamental para retomada, diz Padilha Segundo Paulinho, mesmo reduzindo a idade mínima das mulheres para 62 anos ainda há insatisfações. “62 anos para as mulheres ainda é muito e 65 anos para os homens é inaceitável”, disse Paulinho afirmou ainda que a Força Sindical prepara para o próximo dia 28 uma paralisação contra as reformas de Temer.