Confira o artigo exclusivo em que o advogado Antônio Campos avalia os 100 dias de gestão de Lupércio, em Olinda.
O irmão do ex-governador Eduardo Campos, disse que o gestor não apresentou medidas para resolver os graves problemas da cidade “Após 100 dias, a gestão do prefeito Lupércio não apresentou uma medida estruturante sequer para os graves problemas que a cidade enfrenta.
Olinda clama por uma nova agenda para enfrentamento dos seus principais desafios: saúde, educação, segurança, macro e micro drenagem, mobilidade, turismo, cultura, carnaval e patrimônio histórico.
Com um rombo financeiro que diz ser da ordem de R$ 149 milhões deixados pela gestão do PC do B, Lupércio, até a presente data, não tomou nenhuma medida legal para ressarcimento dos prejuízos causados ao povo de Olinda ou apuração.
A falta de atitude tem sido uma forma sutil de conivência.
O olindense não sabe qual o rumo que será dado para melhorar a gestão da saúde, reativação dos postos dos bairros e estruturação do atendimento hospitalar, bem como a volta do funcionamento da maternidade Brites de Albuquerque.
E, nesse curto período, a pasta já passa pelo segundo secretário.
A educação começou com um escândalo.
O Tribunal de Contas do Estado abriu auditoria para apurar dispensa de licitação no fornecimento de merenda escolar à rede municipal.
Na área da segurança, os assaltos a ônibus sem repetem em pontos críticos como proximidades do Matadouro de Peixinhos, Avenida Perimetral, Integração de Ouro Preto, Águas Compridas e Cidade Tabajara.
O crime organizado, ligado ao tráfico de drogas, tem proporções em Olinda superiores à média de Pernambuco, que por sua vez tem alarmado a população de todo Brasil.
O município até o presente data não apresentou uma iniciativa eficaz para dar início ao combate à violência e a criminalidade.
A atual gestão não deu um passo sequer para a elaboração de Plano de Macro e Micro Drenagem da cidade.
Apesar das medidas paliativas de limpeza de canais e galerias, anunciadas com estardalhaço, a cidade continua a sofrer com os alagamentos.
As primeiras chuvas de inverno repetem as cenas de uma cidade com inundações em toda parte e áreas de risco abandonadas.
Trata-se de um problema grave que não se resolve da noite para o dia.
Mas, assusta o fato do assunto não ser tratado com a profundidade e a seriedade que merece.
O mesmo se repete com a questão da mobilidade.
Questão recorrente nos principais bairros de Olinda, a mobilidade urbana tem em Olinda como principal desafio a Avenida Presidente Kennedy – maior corredor de transporte do município.
Os moradores, comerciantes e profissionais do volante continuam sem saber o que a prefeitura pretende fazer na Kennedy, prometida como obra prioritária da gestão.
Com relação ao turismo, cultura e o carnaval permanecem as mesmices de sempre.
A prefeitura, em todo momento que é acionada, tem demonstrado sua incapacidade de entender a importância do setor de serviços e a economia criativa na geração de empregos para os olindenses.
O patrimônio histórico de Olinda está ameaçado e abandonado.
Pedi ao Tribunal de Contas do Estado que realize uma auditoria de conformidade no sistema municipal de preservação diante uma prefeitura calada, sem propostas de soluções e sem um plano para cuidar do que há de mais simbólico na cidade, que é sua história, traçado urbanístico e arquitetura.
O prefeito não mandou um projeto de lei relevante para a Câmara Municipal.
Mais do que nunca chegou o momento de fortalecer o papel da sociedade civil.
Só uma grande mobilização com o objetivo de ouvir os olindenses para trabalhar e planejar um futuro melhor para a cidade.
Uma nova agenda, participativa, melhor qualificada e com propostas estruturadoras.
Olinda merece.
Vamos cobrar e lutar por ela.
Olinda, 18 de Abril de 2017.”