Em entrevista à Rádio Jornal nesta sexta-feira (14), o ex-deputado federal Paulo Rubem Santigo, filiado recentemente ao PSOL, disse que vai entrar na Justiça, na próxima segunda-feira (17), contra os ex-executivos da Odebrecht, Benedicto Barbosa Júnior e João Pacífico, após afirmarem em depoimento ao Ministério Público no âmbito da Lava Jato que o pessolista recebeu R$ 76 mil para sua campanha de 2010.

Ele também afirmou que nunca precisou de financiamento de campanha para ter relação pública com ninguém.

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Para o parlamentar, o registro dos delatores não existe porque nunca falou com nenhum deles. “Eu não conversei com este diretor da Odebrecht.

Eu não fui ao escritório dele pedir dinheiro para campanha de 2010”, reafirmou. » “Tratativas eram diretamente com Eduardo Campos”, diz delator da Odebrecht » Odebrecht pagou R$ 95 milhões em propina por Petroquímica Suape, dizem delatores » Executivo da Odebrecht fala em doações de caixa 2 para Geraldo Julio “De um lado você tem uma empresa, cujo o presidente está preso por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

O pai, Emilio Odebrecht, confessa que há 30 anos pratica corrupção no País; e no outro lado tem um ex-deputado e professor que há 38 anos na vida pública, 21 anos com vida parlamentar, faz exatamente o contrário, combate a corrupção.

São dois lados distintos”, se defendeu.

Ouça a entrevista O parlamentar afirmou que vai acionar a Justiça na próxima segunda-feira (17) e alegou que já tem provas suficientes para provar a sua inocência.

Também declarou que vai à justiça não só contra os ex-executivos, mas também os veículos de comunicação. “Não vou à justiça apenas contra eles, mas também contra blogs e sites que estão me difamando”, disse. » Petroquímica Suape: delator da Odebrecht citou propina a Humberto Costa » Eduardo Campos recebeu R$ 5 milhões em propina da Odebrecht, dizem delatores O novo pessolista também esclareceu que durante sua vida pública não precisou de financiamentos para ter relação pública. “Durante os mandatos que exerci, eu sempre recebi em audiências públicas em discussões de projetos, desde sindicatos, tralhadores rurais, trabelhadores urbanos, empresas, consultores, advogados, tributários, nunca precisei de financiamento de campanha para ter relação pública com seu ninguém.

Jamais iria comprometer mandato público, mandato transparente com esse tipo de relação”, disse.