Filiado recentemente com honras e pompas ao PSOL em Pernambuco, o ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago, passou por uma “saia-justa” nas redes sociais, nesta terça-feira (11).

Ao comemorar a divulgação da lista de Fachin, usando do estilo PSOL, resolveu atirar para todos os lados, citando vários nomes de listados. “Pernambuco está bem representado no time a ser investigado.

Vai do ex-Prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Vado da Farmácia, passa por ex-governador e Senador, atual Deputado Federal Jarbas Vasconcelos, segue pelo Senador Fernando Bezerra Coelho e pelo Ministro de Temer, Bruno Araújo”, atacou Paulo Rubem.

A “metralhadora giratória” durou pouco, até um internauta avisar Paulo Rubem de um “pequeno” detalhe. “Paulo seu nome está na lista”, disse o internauta.

Sem reconhecer a óbvia contradição, mais uma vez bem ao estilo do PSOL, Paulo Rubem tentou remendar, sem sucesso, a situação constrangedora. “Caríssimos, estar na lista não é condenação de ninguém.

Não vamos entrar o ôba-ôba de sempre.

Apenas ressalto que a decisão do Ministro Fachin faz avançar o processo.

Por isso digo: Vamos aguardar e que tudo seja investigado”, disse a nova liderança do PSOL, contradizendo o que tinha postado mais cedo.

O gafe de Paulo Rubem aconteceu por o Estadão ter divulgado primeiro os nomes envolvidos em inquéritos.

Apenas horas depois a imprensa teve acesso aos nomes das petições, onde estava listado Paulo Rubem, a nova estrela do PSOL em Pernambuco.

O ministro Fachin, na Petição 6688, esclareceu sobre o que Paulo Rubem foi delatado pelos executivos da Odebrecht. “Trata-se de petição instaurada com lastro nas declarações dos colaboradores João Antônio Pacífico Júnior (Termo de Depoimento n. 41) e Benedicto Barbosa da Silva Júnior (Termo de Depoimento n. 52).

Segundo o Ministério Público, os colaboradores noticiam o aporte de R$ 76.000,00 (setenta e seis mil reais) à campanha do então candidato a Deputado Federal Paulo Rubem Santiago Ferreira, no ano de 2010.

Afirma que o referido valor foi transferido por meio do Setor de Operações Estruturadas e que há registro no Sistema Drousys”, diz o despacho do STF.

O setor de Operações Estruturadas, de onde Paulo Rubem teve sua campanha abastecida segundo os delatores, é o famoso “setor de propinas” da empreiteira.

Ao contrário de vários outros acusados, que só foram mencionados por um delator, Paulo Rubem foi delatado por dois executivos diferentes: João Antônio Pacífico Júnior e Benedicto Barbosa da Silva Júnior.

Segundo informações de bastidores, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) cogita lançar o correligionário delatado pela Odebrecht para ser candidato a governador de Pernambuco em 2018 pelo partido.

Segundo um filiado do PSOL, sob reserva de fonte, Edilson já está elaborando uma nota oficial prestando irrestrita solidariedade a Paulo Rubem e declarando a total confiança na inocência do aliado.

Vamos aguardar.